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Estado de Minas MALANG

Indon�sia investiga policiais por trag�dia em est�dio de futebol


04/10/2022 06:04
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As autoridades indon�sias iniciaram uma investiga��o sobre a atua��o da pol�cia no tumulto em um est�dio que terminou com 131 mortos, incluindo dezenas de crian�as, em uma das maiores trag�dias da hist�ria do futebol.

Diante da crescente revolta da popula��o, a pol�cia tenta determinar os respons�veis pelo desastre na cidade de Malang que, segundo torcedores, come�ou quando os agentes usaram g�s lacrimog�neo contra as arquibancadas lotadas para evitar uma invas�o do gramado.

O chefe de pol�cia da prov�ncia de Java Oriental, Nico Afinta, pediu desculpas pelas falhas de seguran�a que provocaram a trag�dia.

Os torcedores do Arema FC criaram um centro improvisado em Malang para receber den�ncias e afirmaram que pretendem iniciar um processo contra os policiais, que acusam de provocar v�rias mortes com a��o indiscriminada contra os espectadores.

A pol�cia descreveu o incidente como um "motim" no qual morreram dos agentes. Os torcedores denunciam uma a��o desproporcional.

"Se houve um motim, eles deveriam ter disparado (o g�s lacrimog�neo) no gramado, n�o nas arquibancadas", declarou � AFP Danny Agung Prasetyo, coordenador do grupo de torcedores do Arema.

"Muitas v�timas estavam nas arquibancadas. Entraram em p�nico com o g�s", acrescentou.

O n�mero de mortos subiu para 131, informou nesta ter�a-feira uma fonte do servi�o de sa�de local. As seis v�timas adicionais (o balan�o anterior era de 125) n�o resistiram aos ferimentos sofridos na noite de s�bado.

O chefe de pol�cia de Malang, Ferlo Hidayat, foi destitu�do na segunda-feira e nove agentes foram suspensos. Outros 19 est�o sob investiga��o, anunciou o porta-voz da Pol�cia Nacional, Dedi Prasetyo.

O governo indon�sio suspendeu a Liga Nacional e criou uma comiss�o para investigar a trag�dia. As conclus�es devem ser apresentadas em no m�ximo tr�s semanas.

As arquibancadas do est�dio Kanjuhuran estavam lotadas com os torcedores do Arema FC parfa a partida contra o grande rival Persebaya Surabaya.

Os torcedores invadiram o gramado ap�s a derrota de 3-2, a primeira sofrida pelo Arema em mais de duas d�cadas no cl�ssico da ilha de Java Oriental.

A pol�cia respondeu com agress�es, o que levou os torcedores a fugir para o gramado.

Desde que surgiram os primeiros detalhes da trag�dia, os pedidos por uma investiga��o independente s�o cada vez mais intensos.

"N�o h� uma instru��o para disparar g�s lacrimog�neo e n�o h� uma instru��o para fechar os port�es", afirmou Albertus Wahyurudhanto, membro da Comiss�o Nacional de Direitos Humanos.

A revolta dos torcedores est� presente nos arredores dos est�dios, com um ve�culo policial queimado e onde � poss�vel ler frases como "G�s lacrimog�neo contra l�grimas de m�es" ou "Nossos amigos morreram aqui".

Na segunda-feira, os jogadores e torcedores do Arema se reuniram no est�dio para rezar pelas v�timas.

Entre os mortos estavam 32 crian�as, a mais jovem de 3 ou 4 anos.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, chamou a trag�dia de um "dia sombrio" para o futebol.

As normas de seguran�a da Fifa pro�bem o uso de g�s lacrimog�neo por policiais ou seguran�as nos est�dios.

A lenda do futebol brasileiro Pel� se solidarizou com os familiares das v�timas da trag�dia e afirmou que "a viol�ncia n�o combina com o esporte".

A viol�ncia no futebol � um problema persistente na Indon�sia, que j� motivou a proibi��o da presen�a dos torcedores do Persebaya Surabaya nos est�dios.

Os torcedores, no entanto, afirmam que n�o s�o culpados.

As autoridades indon�sias afirmaram que foram vendidos mais ingressos do que a capacidade do est�dio. Testemunhas afirmaram que algumas portas do est�dio estavam fechadas.

Os torcedores mais fortes conseguiram escalar os port�es e fugir do tumulto, enquanto os mais vulner�veis foram esmagados quando o g�s lacrimog�neo foi utilizado.

Para alguns, o desastre era previs�vel.

"Voc� podia ver e sentir que algo ruim poderia acontecer. � o tipo de medo que voc� sente quando viaja para uma partida aqui", disse Pangeran Siahaan, comentarista de futebol indon�sio, � AFP.

"H� muitos perigos a cada vez que voc� entra em um est�dio de futebol na Indon�sia", acrescentou.


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