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Estado de Minas SANTIAGO DE COMPOSTELA

Come�a o julgamento de uma das piores cat�strofes ferrovi�rias da Espanha

Acidente causou a morte de 80 pessoas e mais de 140 passageiros ficaram feridos


05/10/2022 08:21 - atualizado 05/10/2022 08:51

Trem descarrilou e bateu contra muro na Espanha
Trem descarrilou e bateu contra muro, 80 pessoas morreram, mais de 140 ficarem feridas (foto: Emilio LAVANDEIRA / POOL / AFP)
Nove anos depois do acidente de trem de Santiago de Compostela, que deixou 80 mortos, a Justi�a espanhola come�ou a analisar nesta quarta-feira (5) as falhas que levaram a este terr�vel drama ferrovi�rio, em um megaprocesso para tentar reparar a "dor insuport�vel" das v�timas e familiares.

Os familiares das v�timas, alguns com uma express�o s�ria e outros sem conseguir conter as l�grimas, se instalaram em uma sala da Cidade da Cultura da capital de Galiza (noroeste), transformada excepcionalmente em tribunal para receber a grande quantidade de pessoas presentes.

"Estamos cansados, tristes e com raiva, com vontade de que todo esse per�odo acabe, esse pesadelo. Esperamos uma repara��o, que saibamos finalmente tudo o que deu errado", explicou � AFP Mar�a �ngeles Prado, que perdeu sua filha de 21 anos e sua sobrinha no acidente.

"Elas iam ver os fogos de artif�cio. Falei para minha filha: 'v� de trem, n�o v� de carro', achando que era mais seguro", conta essa senhora de 60 anos com a voz embargada, ao mencionar um "processo de luto muito dif�cil", cheio de "ang�stia" e uma "dor insuport�vel".

"Se o maquinista tivesse feito bem o seu trabalho, minha filha e sua prima estariam vivas, isso � indiscut�vel. Mas ele poderia estar tonto, poderia estar doente", afirma. "N�o se pode colocar um trem de alta velocidade com 300 pessoas na responsabilidade de um �nico homem", denuncia.

- "Risco previs�vel" -

Em 24 de julho de 2013, o trem de alta velocidade Alvia 04155 de Madri descarrilou brutalmente pouco antes de chegar a Santiago de Compostela, colidindo com um muro de concreto a quatro quil�metros da cidade.

O acidente causou a morte de 80 pessoas, entre elas 68 espanh�is, al�m de v�rios europeus, latino-americanos e norte-americanos. Mais de 140 passageiros ficaram feridos.

A investiga��o n�o demorou a revelar que o trem circulava a uma velocidade excessiva: o trem de Renfe, a companhia ferrovi�ria espanhola, circulava a 179 no momento do acidente, muito acima do limite de 80 para aquele trecho.

O maquinista, Francisco Garz�n, que estava ao telefone com o controlador do trem pouco antes do acidente, cometeu "imprud�ncia" e "neglig�ncia", segundo os magistrados de investiga��o, que decidiram acusar este homem de 52 anos de homic�dio por grave neglig�ncia profissional.

Ser� julgado junto com Andr�s Cortabitarte, ex-diretor de seguran�a de tr�nsito da Adif - a administradora da rede ferrovi�ria espanhola -, acusado de n�o ter feito uma an�lise de risco na curva do acidente, que n�o contava com sistemas de sinaliza��o, de alerta e de freio autom�tico.

"Havia um risco previs�vel" que poderia ter sido considerado, estimaram os ju�zes.

A Promotoria solicita quatro anos de pris�o para cada um, enquanto os danos e preju�zos reivindicados pelas v�timas, que ser�o discutidos durante o processo, chegam a quase 58 milh�es de euros (cerca de 57,8 milh�es de d�lares).


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