(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas V�DEO

Explos�o destr�i parte de ponte que liga R�ssia � Crimeia e mata pessoas

Autoridades russas afirmaram que um caminh�o-bomba explodiu, o que provocou inc�ndio tamb�m em sete tanques de um trem que transportava combust�vel


08/10/2022 14:30 - atualizado 08/10/2022 15:14

FOLHAPRESS

 

PONTE
Ponte que liga Crimeia R�ssia foi explodida nesta manh� (foto: Reprodu��o)
Em momento delicado para as for�as da R�ssia, que acumulam derrotas nos campos de batalha da Guerra da Ucr�nia, uma forte explos�o destruiu neste s�bado (8/10) parte da �nica ponte que conecta o territ�rio russo � pen�nsula da Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014. A estrutura � considerada rota crucial de abastecimento para as tropas de Vladimir Putin no pa�s invadido.

 

Autoridades russas afirmaram que um caminh�o-bomba explodiu, o que provocou inc�ndio tamb�m em sete tanques de um trem que transportava combust�vel. Ao menos tr�s pessoas morreram, segundo informa��es preliminares.

 

Trechos da ponte teriam desmoronado. Considerada um dos s�mbolos da anexa��o russa da Crimeia, a gigantesca estrutura rodovi�ria e ferrovi�ria tem 19 km de extens�o e � uma das maiores da Europa.

 

Ap�s a queda do governo pr�-Kremlin da Ucr�nia, a R�ssia capturou a Crimeia sem um �nico tiro em 2014. A ponte foi inaugurada com grande alarde pelo pr�prio presidente russo, Vladimir Putin, quatro anos depois. A constru��o foi feita sobre o estreito de Kerch, que separa os mares Negro e de Azov.

 

Mais do que simb�lica, a estrutura representa uma importante rota de abastecimento para as for�as do Kremlin em Kherson, no sul da Ucr�nia, e para o porto naval de Sebastopol, a principal cidade da Crimeia.

 

V�deos publicados nas redes sociais mostram partes das estruturas rodovi�ria e ferrovi�ria destru�das, enquanto um trem � consumido pelas chamas. Uma c�mera registrou o momento da explos�o, que atingiu carros que passavam pelo local. Outras imagens capturadas � dist�ncia mostram fuma�a espessa no horizonte.

 

Nos �ltimos dias, ataques contra alvos russos na Crimeia levaram p�nico aos moradores da pen�nsula. Os �xitos da contraofensiva ucraniana aumentaram a press�o sobre Putin, que determinou no m�s passado a mobiliza��o de 300 mil reservistas para lutar no conflito. Ap�s a decis�o, o mandat�rio russo registrou a primeira queda de sua popularidade desde a invas�o do vizinho em fevereiro —a aprova��o caiu de 83% para 77%, segundo o instituto de pesquisas Centro Levada, ainda independente na R�ssia.

 

Neste s�bado, Putin ordenou a cria��o de uma comiss�o para esclarecer a explos�o. O Comit� de Investiga��o da R�ssia informou ter identificado o propriet�rio do caminh�o-bomba. Ele seria morador da regi�o de Krasnodar, no sul da R�ssia.

 

Autoridades ucranianas fizeram coment�rios ir�nicos sobre a explos�o. O chefe do Conselho Nacional de Seguran�a e Defesa da Ucr�nia, Oleksii Danilov, publicou nas redes sociais um v�deo da ponte em chamas ao lado de outro v�deo de Marilyn Monroe cantando "Feliz anivers�rio, senhor presidente", em refer�ncia a Putin que completou 70 anos nesta sexta (7).

 

Autoridades ucranianas vinham expressando o desejo de destruir a ponte de Kerch. O servi�o postal da Ucr�nia informou neste s�bado que imprimir� um selo especial para comemorar a explos�o.

 

V�rias a��es de sabotagem foram atribu�das � Ucr�nia desde o in�cio do conflito. Ap�s a explos�o na ponte, a porta-voz do Minist�rio das Rela��es Exteriores da R�ssia, Maria Zakharova, afirmou que a rea��o de Kiev � destrui��o da infraestrutura "testifica a sua natureza terrorista". Serguei Aksionov, governador russo da Crimeia, informou que o tr�fego foi suspenso enquanto os danos eram avaliados.

 

A destrui��o da estrutura ocorre em um momento em que a R�ssia vem sofrendo sucessivas derrotas no front. Ap�s os reveses, Putin fez novas amea�as de guerra nuclear contra o Ocidente. Nesta semana, o Minist�rio da Defesa russo passou a divulgar que parte dos reservistas mobilizados est� sendo treinada para lutar num ambiente de guerra nuclear, qu�mica ou biol�gica.

 

Em meio ao crescente descontentamento na elite russa com o conflito, o Ex�rcito russo anunciou a nomea��o do general Serguei Surovikin, 55, como comandante para o que ainda chama de "opera��o militar especial" na Ucr�nia.

 

O general � um veterano da guerra civil no Tadjiquist�o nos anos 1990, da segunda guerra da Tchetch�nia (anos 2000) e da interven��o russa na S�ria, lan�ada em 2015. Segundo relat�rio de julho do minist�rio da Defesa russo, Surovikin liderava agrupamento das for�as ao Sul na Ucr�nia.

 

O nome de seu antecessor nunca foi revelado oficialmente, mas de acordo com a m�dia russa, era o general Alexander Dnornikov, outro veterano da segunda guerra tchechena e comandante das for�as russas na S�ria de 2015 a 2016.

 

Tamb�m neste s�bado, o ministro das Rela��es Exteriores russo, Serguei Lavrov, acusou pa�ses do Ocidente de recorrer a "mentiras e manipula��es" para elevar ainda mais a tens�o no conflito. Segundo ele, os EUA e seus aliados tentam introduzir a ret�rica nuclear sobre a Ucr�nia na agenda global.

 

"O Ocidente distorce tudo na tentativa de mostrar que � a R�ssia que supostamente est� expressando amea�as nucleares", disse Lavrov em entrevista ao jornal russo Argumenty i Fakty, segundo a ag�ncia de not�cias Tass. "V�rias manipula��es e mentiras descaradas s�o exploradas [pelo Ocidente]. No entanto, estamos acostumados com isso."

 

Na quinta, o presidente da Ucr�nia, Volodimir Zelenski, afirmou que a Otan deveria atacar o territ�rio da R�ssia "preventivamente" para que os russos "saibam o que acontecer� com eles se usarem" armas nucleares. A declara��o atraiu cr�ticas do Kremlin.

 

Na quarta (5), Putin finalizou a san��o das leis regulando a anexa��o do equivalente a cerca de 18% da Ucr�nia, a maior tomada territorial � for�a na Europa desde a Segunda Guerra Mundial —Moscou j� havia anexado a Crimeia, 4,5% do vizinho.

 

O Kremlin continuou sem definir exatamente quais fronteiras est�o previstas na absor��o denunciada como ilegal no exterior.

O motivo s�o avan�os de Kiev nas regi�es de Donetsk (leste) e Kherson. Os ataques testam a ret�rica belicista de Putin, que prometeu usar at� armas nucleares para defender o que considera novas partes da R�ssia.

 

Numa tentativa de conter o avan�o ucraniano, o Minist�rio da Defesa diz j� ter alistado 200 mil dos 300 mil reservistas que deseja para combate, e que alguns poder�o estar em a��o j� em novembro.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)