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Estado de Minas DUBAI

Comunidade LGBTQI+ no mundo �rabe teme aumento da homofobia ap�s a Copa do Mundo


30/11/2022 10:48
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"O Mundial ir� acabar, a Fifa ir� embora e o �dio ir� continuar": no Golfo e na comunidade �rabe, muitos lamentam os protestos ocidentais pr�-LGBTQI+ contra o Catar e temem um aumento da homofobia na regi�o.

"N�o � ideal viver na escurid�o, mas estar no centro das aten��es tamb�m n�o", disse um baremita de 32 anos, aliado da comunidade LGBTQI+ neste territ�rio do golfo, em que a homossexualidade n�o � oficialmente perseguida.

J� outro jovem empres�rio de Manama, que pede anonimato, n�o esconde sua indigna��o com as sele��es europeias que insistiram em usar a pulseira 'One Love' com as cores do arco-�ris, s�mbolo da comunidade LGBTQI+, durante a Copa do Mundo do Catar, pa�s em que a homossexualidade � criminalizada.

"Nunca pediram a opini�o de nenhum membro da comunidade homossexual daqui", explica o homem de 30 anos. Ele se mostra "preocupado" com o futuro, ap�s ver uma avalanche de rea��es homof�bicas nas redes sociais e ao seu redor.

- "Sem mudan�as" -

Assim como no Catar em 2021, as autoridades sauditas apreenderam foguetes com as cores do arco-�ris, em um pa�s onde a homossexualidade, em tese, � pun�vel at� com pena de morte.

No in�cio de junho, o Kuwait convocou o chefe de neg�cios dos EUA para protestar contra tu�tes que defendiam a comunidade LGBTQI+.

As mensagem de apoio � fam�lia tradicional aumentaram no Bahrein, com cartazes que mostram a imagem de um pai, uma m�e e dois filhos sob um guarda-chuva que os protege do arco-�ris.

Na Ar�bia Saudita e nos Emirados �rabes Unidos, a transmiss�o de grandes produ��es americanas foi proibida porque alguns de seus personagens eram abertamente homossexuais.

Para a pesquisadora saudita Eman Alhussein, "provavelmente a quest�o LGBTQI+ n�o ser� objeto de debate a n�vel local t�o cedo", apesar de "algumas leis e restri��es sociais terem sido flexibilizadas" para atrair expatriados qualificados e investidores estrangeiro.

"Como muito cidad�os do Golfo permanecem sendo conservadores, a manuten��o de alguns limites � considerada crucial para moderar todos os n�veis da sociedade", observa esta especialista na regi�o.

De acordo com Alhussein, parece pouco prov�vel que as press�es ocidentais "provoquem mudan�as, pelo menos a curto prazo".

- "Grande oportunidade perdida" -

Diretor da ONG libanesa Helem, a primeira organiza��o de defesa dos LGBTQI+ na regi�o desde 2001, Tarek Zeidan lamenta que a Copa do Mundo do Catar �, portanto, "uma grande oportunidade perdida" de apoiar de forma "concreta" os direitos das minorias sexuais no pa�s e em toda comunidade �rabe.

Segundo Zeidan, teria sido necess�rio "dar voz �s pessoas que s�o realmente v�timas da viol�ncia", em vez de "focar na indigna��o do Ocidente", com posi��es chamativas "que n�o ajudam".

O diretor da Helem teme uma "rea��o muito dura, at� fatal" em decorr�ncia do "lugar imposto e in�dito" que o tema tomou, com aumento de posi��es homof�bicas do L�bano ao Kuwait, passando pelo Egito e Emirados �rabes Unidos.

"A pr�xima d�cada ser� extremamente dif�cil para as pessoas LGBTQI+ na regi�o", alerta Zeidan.


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