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Estado de Minas EXTERIOR

Senado dos EUA aprova Elizabeth Bagley como nova embaixadora no Brasil

Elizabeth assumir� o posto que estava vago desde julho de 2021, quando Todd Chapman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump, decidiu se aposentar


14/12/2022 18:31 - atualizado 14/12/2022 18:55

Elizabeth Bagley
Bagley foi indicada por Biden em janeiro deste ano, mas a nomea��o estava travada desde junho (foto: Reprodu��o/foreign.senate.gov)
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (14/12) a nomea��o de Elizabeth Bagley como pr�xima embaixadora do pa�s no Brasil. Ela assumir� o posto que estava vago desde julho de 2021, quando Todd Chapman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump, decidiu se aposentar.


Trata-se de mais um passo para normalizar as rela��es Brasil-EUA. A Casa Branca espera se reaproximar do Planalto com o governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT), e havia a vontade em Washington de que um representante oficial do pa�s estivesse em Bras�lia durante a posse de Lula, em 1º de janeiro. Desde 2021, o cargo � ocupado de forma interina pelo encarregado de neg�cios Douglas Koneff.


Bagley, 70, tem experi�ncia no Departamento de Estado e � democrata de longa data. Ela trabalhou para os governos Jimmy Carter (1977-1981), Bill Clinton (1993-2001) e Barack Obama (2009-2017). Foi embaixadora em Portugal durante o governo Clinton e conselheira especial do Departamento de Estado nas gest�es de Madeleine Albright, Hillary Clinton e John Kerry.


A experi�ncia � considerada um forte ativo, mas � comum no governo americano a indica��o de doadores de campanha para representar os EUA em outros pa�ses. Bagley tamb�m cumpre o requisito —ela e seu marido doaram centenas de milhares de d�lares para as campanhas de Obama e Hillary no passado. No setor privado, a fam�lia � dona de uma companhia telef�nica que opera no Arizona e no Novo M�xico.

 

 


Bagley foi indicada por Biden em janeiro deste ano, mas a nomea��o estava travada desde junho, quando a Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado americano n�o aprovou seu nome. Houve resist�ncia sobretudo devido a declara��es de Bagley, em 1998, � revista da Associa��o para Treinamento e Estudos Diplom�ticos, consideradas antissemitas.


Em duas das perguntas da entrevista de 86 p�ginas, Bagley afirmou que "sempre h� a influ�ncia do lobby judeu porque h� muito dinheiro envolvido". "Os democratas tendem a seguir o que os judeus definem sobre Israel e a dizer coisas est�pidas. Sempre surgem coisas como mudar a capital para Jerusal�m. S�o coisas que n�s n�o dever�amos nem sequer tocar."


As falas foram citadas na sabatina a que Bagley foi submetida no Senado, em maio, quando respondeu que "n�o quis dizer nada daquilo" e que "foi uma m� escolha de palavras". O epis�dio repercutiu de maneira negativa, o que acabou travando sua nomea��o.


Por meses houve especula��es se o governo Biden indicaria outro nome para a vaga ou se insistiria na escolha da diplomata. No �ltimo dia 6, o senador Mark Warner fez uma manobra para retirar a indica��o da Comiss�o de Rela��es Exteriores e levar para o plen�rio do Senado.


A justificativa foi a de que os EUA deveriam ter um embaixador no Brasil at� a posse de Lula. "O Brasil ter� um novo presidente e, francamente, � constrangedor que estejamos h� quase dois anos sem um embaixador no Brasil", disse Warner. "Em termos das rela��es norte-sul, nossas rela��es com o Brasil s�o t�o importantes quanto com qualquer outra na��o do hemisf�rio sul, temos muito trabalho a fazer."


Nesta quarta, a indica��o de Bagley foi votada ap�s requisi��o do senador Cory Booker, de Nova Jersey, e o nome dela foi confirmado de forma un�nime pelo Senado, sem vota��o nominal.


A movimenta��o no Senado aconteceu pouco ap�s viagem de uma comitiva do governo americano ao Brasil. Jake Sullivan, assessor de Seguran�a Nacional dos EUA, foi a Bras�lia no come�o do m�s e se reuniu com representantes do governo Bolsonaro e membros da equipe de Lula, quando levou ao presidente eleito do Brasil um convite para viajar a Washington. Com a equipe do novo governo, a comitiva americana discutiu a possibilidade de uma nova opera��o militar no Haiti e a crise na Venezuela. O governo Biden tamb�m quer avan�ar na pauta ambiental, e, para que tudo isso avance, era considerada essencial a presen�a de um embaixador definitivo no pa�s.


A aus�ncia de um embaixador n�o � exclusividade do Brasil. Hoje, h� 33 indica��es pendentes na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado, a maioria para na��es menores, mas tamb�m para alguns pa�ses-chave na geopol�tica americana, como �ndia e Ar�bia Saudita. Houve um esfor�o para aprovar nomea��es na reta final do ano: at� o come�o do m�s, havia mais de 40 postos vagos mundo afora. 


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