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Estado de Minas KIEV

Ginasta ucraniana de nove anos tem sonho ol�mpico amea�ado por guerra


12/01/2023 11:08
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Momentos ap�s uma sirene anunciar o fim do perigo de bombardeio em Kiev, a ginasta de nove anos Eva Evstratenko volta ao tatame disposta a dar o melhor de si em busca de um sonho.

"Fa�o gin�stica h� quatro anos e quero ser uma campe� ol�mpica. Toda ginasta quer", contou Eva � AFP.

Mais de dez meses ap�s a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia, os combates se deslocaram para o leste do pa�s. Por�m, bombardeios s�o registrados regularmente na capital e as sirenes podem ser ouvidas quase diariamente.

Estes alertas alteraram a rotina de milh�es de ucranianos, inclusive a da pequena Eva e seus colegas de treino.

Apesar das dificuldades, sua treinadora, Anastasia Provotorova, est� motivada a preparar seus alunos para futuras competi��es.

"Voltamos e seguimos treinando ap�s o fim do alerta, embora agora n�o haja eletricidade", afirma, enquanto observa seus protegidos treinando saltos e outros exerc�cios.

Os futuros ginastas "devem treinar" apesar das condi��es dif�ceis, acrescenta.

A falta de energia se tornou comum em Kiev e em outras cidades ucranianas, j� que os ataques a�reos russos atingiram a infraestrutura essencial do pa�s em outubro do ano passado.

A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) contabiliza que os ataques deixam ao menos sete milh�es de crian�as sem eletricidade, aquecimento ou �gua pot�vel.

"Nossas crian�as n�o abandonam os treinos pois t�m bom humor", garante a treinadora.

- "Pior dia da minha vida" -

O contexto da guerra � dif�cil de lidar para essas crian�as. Segundo o balan�o das autoridades ucranianas, mais de 400 j� perderam a vida desde o in�cio da invas�o.

"O primeiro dia da guerra foi o pior de toda a minha vida (...). Acordamos em p�nico, n�o t�nhamos ideia do que fazer. Foi aterrorizante", relembrou Eva.

Mais de dois milh�es de crian�as fugiram para o exterior e tr�s milh�es foram deslocadas internamente entre fevereiro e junho de 2022, segundo estimativas da ONU.

Eva, seus pais e seu irm�o, Demian, partiram para o oeste da Ucr�nia, onde permaneceram por sete meses.

"N�o era t�o bom como estar em casa. Voc� n�o se sente bem quando n�o est� onde nasceu", confessou a ginasta de nove anos.

A fam�lia ent�o retornou ao seu pequeno apartamento em Kiev e tenta se adaptar aos frequentes bombardeios russos.

Quando a luz acaba, os pais da jovem acendem velas e permanecem em alerta para qualquer sinal de bombardeio.

"� noite � muito mais dif�cil. Ficamos torcendo para que os m�sseis n�o nos atinjam", diz o pai, Andri.

No gin�sio, Eva diz que o medo dos m�sseis teve impacto direto em seus treinos. Cada vez que se dirige ao abrigo, precisa repetir seu ritual de aquecimento, o que acaba deixando menos tempo para suas pr�ticas.

"As aulas s�o mais curtas, � mais dif�cil ficar em forma como antes", lamenta.


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