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Estado de Minas

Por que terremotos na Turquia s�o t�o devastadores?

Territ�rio turco est� localizado em uma das zonas s�smicas mais ativas do mundo, com v�rias falhas geol�gicas; al�m disso, constru��es pouco resistentes em diversas regi�es agravam os impactos dos tremores de grande porte.


06/02/2023 13:25 - atualizado 06/02/2023 13:40


Imagem mostra prédio que desabou e carros esmagados na Turquia
Em Malatya, no nordeste de Gaziantep, pr�dios inteiros desabaram (foto: Getty Images)

A Turquia foi abalada nesta segunda-feira (6/2) por dois terremotos devastadores consecutivos, o primeiro deles com 7,8 graus de magnitude. At� o momento, mais de 1,9 mil mortes j� foram confirmadas.

S� em 2022, a Turquia registrou mais de 20.000 terremotos. Destes, a grande maioria n�o excedeu a magnitude 4 na escala de Richter, de acordo com os dados da ag�ncia nacional de emerg�ncia (AFAD).

Mas os turcos t�m em sua hist�ria terremotos devastadores, como o que atingiu a regi�o em 1999. Na ocasi�o, foi registrada magnitude de 7,6 e os danos foram imensos, com mais de 17 mil mortes.

A vulnerabilidade da Turquia pode ser explicada pelo fato de o pa�s estar localizado em uma das zonas s�smicas mais ativas do mundo, com v�rias falhas geol�gicas.

H� inclusive um ditado popular muito comum na l�ngua turca que diz que "geografia � destino", em refer�ncia aos eventos naturais inevit�veis.


Mapa mostrando a combinação de falhas geológicas em torno do território da Turquia
(foto: BBC)

A maior parte do territ�rio turco est� situada sobre a placa tect�nica da Anat�lia, que fica entre duas placas principais - a Euroasi�tica e a Africana - e outra menor, a Ar�bica.

No caso da Turquia, segundo especialistas ouvidos pela BBC, � medida que as duas placas principais onde o pa�s est� situado se deslocam, o pa�s � basicamente espremido, gerando os abalos.

O terremoto desta segunda ocorreu em torno de uma regi�o de grande instabilidade conhecida como Falha Oriental da Anat�lia, que abrange uma �rea que vai de sudoeste a noroeste da fronteira sudeste da Turquia.

 

Por isso mesmo, o tremor foi sentido tamb�m na S�ria, onde mais de 320 pessoas morreram e pelo menos mil ficaram feridas.

A cidade turca de Istambul tamb�m est� em uma zona delicada, bem onde as placas Anat�lia e Euroasi�tica se encontram.

Por isso mesmo, especialistas afirmam que a quest�o n�o � se um grande terremoto atingir� a cidade, mas quando.


Mapa do terremoto na Turquia e Síria
(foto: BBC)

O que causa os terremotos?

A crosta terrestre � composta por enormes placas de rocha, chamadas de placas tect�nicas, que se alinham lado a lado.

Essas placas geralmente tentam se mover, mas s�o impedidas pelo atrito gerado com as placas adjacentes.

Mas, �s vezes, a press�o aumenta at� que uma placa se mova repentinamente, fazendo com que a superf�cie tamb�m se mova.

Neste caso, foi a placa Ar�bica que se moveu em dire��o ao norte e se chocou com a placa da Anat�lia.

A fric��o dessas placas foi respons�vel por outros terremotos muito destrutivos no passado.

Em 13 de agosto de 1822, por exemplo, um terremoto de magnitude 7,4 resultou em imensos danos �s cidades da regi�o, com 7.000 mortes registradas apenas na cidade de s�ria de Aleppo. Os tremores secund�rios ainda continuaram por quase um ano.

O terremoto desta segunda j� registrou tremores secund�rios e especialistas acreditam que deve seguir um caminho semelhante ao do s�culo 19.

Por que esse terremoto foi t�o devastador?

O epicentro do primeiro tremor, de 7,8 de magnitude, foi identificado em uma �rea relativamente pr�xima da superf�cie – cerca de 18 km –, causando s�rios danos aos edif�cios.

"De todos os terremotos at� hoje, apenas dois nos �ltimos 10 anos foram de magnitude equivalente e quatro nos 10 anos anteriores", afirmou a professora Joanna Faure Walker, chefe do Instituto de Redu��o de Riscos e Desastres da University College London.

Mas n�o � apenas a for�a do tremor que causa devasta��o. O terremoto inicial ocorreu nas primeiras horas da manh�, quando a popula��o estava dentro de casa e dormindo.

A estrutura dos edif�cios e o qu�o s�lidos eles s�o tamb�m � um fator.

"Infelizmente, a resist�ncia da infraestrutura � irregular no sul da Turquia e especialmente na S�ria, ent�o salvar vidas agora depende principalmente do resgate. As pr�ximas 24 horas s�o cruciais para encontrar sobreviventes. Ap�s 48 horas, o n�mero de sobreviventes diminui enormemente", diz Carmen Solana, professora de Vulcanologia e Comunica��o de Risco na Universidade de Portsmouth.

A regi�o onde ocorreu o tremor nesta segunda n�o passava por um grande terremoto ou sinais de alerta h� mais de 200 anos.

Justamente por isso, tamb�m n�o estava t�o preparada para lidar com o tremor quanto outras zonas onde eles s�o mais frequentes.


Buscas em escombros deixados pelo terremoto na Turquia
(foto: Getty Images)
H� temores de que o n�mero de mortos possa subir bastante nas pr�ximas horas


Como s�o medidos os terremotos?

Os abalos s�smicos s�o classificados de acordo com a energia mec�nica, ou onda de choque, que liberam. A conven��o usada para medi-la � a escala Richter.

Um tremor de 2,5 ou menos geralmente n�o pode ser sentido, mas pode ser detectado por instrumentos. Tremores de at� 5 s�o sentidos e causam danos menores.

J� um terremoto de 7,8, como o da Turquia, � classificado como grande e geralmente causa danos s�rios.

Qualquer tremor acima de 8 causa danos catastr�ficos e pode destruir totalmente as comunidades mais pr�ximas do epicentro.

Um terremoto na costa do Jap�o em 2011 foi identificado como de magnitude 9 e causou danos generalizados, al�m de uma s�rie de ondas gigantescas - uma das quais levou a um grande acidente na usina nuclear de Fukushima, 260 quil�metros ao norte de T�quio.

O maior terremoto de todos os tempos foi de 9,5, registrado no Chile em 1960.

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