
"Desde o ano passado, bal�es de alta atitude dos EUA operaram mais de dez voos ilegais no espa�o a�reo chin�s sem a aprova��o das respectivas autoridades", disse ela em resposta ao questionamento de um jornalista em um encontro com a imprensa.
Wang pediu que rep�rteres procurassem o governo americano para mais esclarecimentos; este n�o se pronunciou sobre a declara��o at� agora.
A fala se d� em um momento de acirramento das tens�es entre Washington e Pequim, depois que um bal�o pertencente pa�s asi�tico foi detectado sobrevoando Billings, em Montana, regi�o do territ�rio americano que abriga uma base militar com silos de m�sseis bal�sticos intercontinentais, no in�cio do m�s.
Os EUA sustentam que o bal�o foi enviado pela China para espionagem. Esta, por sua vez, diz que se tratava de um instrumento de monitoramento para fins meteorol�gicos.
Desde o incidente, outros objetos voadores n�o identificados foram observados sobre a Am�rica do Sul, o Canad�, os Estados Unidos --e a pr�pria China, que afirmou ter detectado um artefato do tipo perto de Qingdao, no norte do pa�s, no domingo.
Na mesma data, o Pent�gono abateu o terceiro artefato do tipo em tr�s dias, sobrevoando o Lago Huron, na fronteira com o Canad�. O item, que havia sido detectado pela primeira vez no estado de Montana, no dia anterior, e passou por locais militares, tinha uma estrutura octogonal que uma autoridade americana.
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Na sexta (10), um segundo objeto de alta altitude que sobrevoava o territ�rio americano j� havia sido derrubado. O item, que passava pelo estado do Alasca, segundo Washington, foi detectado na quinta e voava a 12 km de altitude, trazendo riscos � avia��o civil. No s�bado, um outro artefato foi abatido, dessa vez em um esfor�o conjunto. EUA e Canad� derrubaram o objeto que sobrevoava Yukon, no norte do pa�s.
Um porta-voz do Conselho de Seguran�a Nacional da Casa Branca afirmou que os objetos n�o se parecem com o bal�o chin�s derrubado no in�cio do m�s e se recusou a caracteriz�-los at� que os destro�os sejam recuperados.
Tens�o entre as pot�ncias
Os casos recentes contribu�ram para deteriorar as rela��es sino-americanas e para o adiamento de uma visita do respons�vel pela diplomacia americana, o secret�rio Antony Blinken, � China. Pesa tamb�m a expans�o da presen�a militar dos Estados Unidos no Sudeste Asi�tico, que acontece de forma paralela �s amea�as da China contra Taiwan, ilha que Pequim considera uma prov�ncia rebelde.
Na semana passada, o regime chin�s classificou de "totalmente irrespons�veis" as falas de Biden sobre o l�der do Partido Comunista, Xi Jinping. "Voc� consegue pensar em algum outro l�der mundial que trocaria de lugar com Xi Jinping? N�o � uma brincadeira. N�o consigo pensar em nenhum", disse o presidente americano em entrevista ao programa PBS NewsHour. "Esse homem tem problemas enormes. Tamb�m tem muito potencial, mas, at� agora, sua economia n�o est� funcionando muito bem."
No mesmo dia, a China disse ter recusado um telefonema do secret�rio da Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Ele queria falar com seu hom�logo chin�s, Wei Fenghe, ap�s o primeiro bal�o ser derrubado. Pequim justificou a decis�o dizendo que a medida foi irrespons�vel e n�o criou um clima "prop�cio ao di�logo".