
O texto destaca que o pa�s "se op�e firmemente � decis�o e protesta de forma veemente contra ela", afirmando ainda que o regime de Xi Jinping vai acompanhar os desdobramentos da situa��o.
Na tarde de s�bado (4), um ca�a da For�a A�rea americana abateu um bal�o chin�s na costa da Carolina do Sul. Dias antes, a descoberta do artefato gerou uma contenda entre as duas partes, com o adiamento de uma viagem a Pequim do secret�rio de Estado, Antony Blinken.
O deslocamento do respons�vel pela diplomacia americana se daria justamente num contexto de esfor�os para reaproximar as pot�ncias, depois de Xi ter se encontrado pessoalmente com o presidente Joe Biden em novembro, na Indon�sia, na sequ�ncia de meses de alta tens�o - ante discuss�es comerciais, diplom�ticas e militares.
Mais recentemente, de todo modo, o clima tinha voltado a azedar, com os EUA tendo anunciado em Manila um acordo para o uso de mais quatro bases militares nas Filipinas, expandindo a presen�a no mar do Sul da China, regi�o reivindicada por Pequim.
Washington detectou o suposto bal�o espi�o de alta altitude em 28 de janeiro. Tr�s dias depois, o artefato passou ao espa�o a�reo canadense e voltou ao americano no dia 31. S� na quinta (2) o Pent�gono noticiou o caso.
Biden havia dado ordens para os militares derrubarem o bal�o o mais r�pido poss�vel, mas as autoridades de defesa precisaram esperar at� que ele passasse a sobrevoar o oceano Atl�ntico, sob risco de destro�os atingirem �reas civis - o equipamento teria o tamanho equivalente a tr�s �nibus.
O bal�o percorreu o pa�s ao longo de sete dias, o que provocou rea��es dentro e fora do governo, com o Pent�gono sustentando que ele violava a soberania dos EUA e republicanos criticando a condu��o do caso.
A descoberta confundiu especialistas em seguran�a, que afirmam que, embora os pa�ses tenham usado sat�lites para se vigiarem mutuamente, bal�es soam como uma t�tica de espionagem algo amadora: as imagens que eles conseguem produzir n�o s�o muito mais valiosas em termos de informa��es do que aquelas produzidas do espa�o. Para alguns, ent�o, o artefato seria uma provoca��o pol�tica.
J� no s�bado Pequim tinha dado uma resposta dura � decis�o de abater o item. "O fato de os EUA terem insistido no uso de for�a armada � claramente uma rea��o excessiva, que viola conven��es internacionais", disse a chancelaria, em comunicado.
"A China vai defender os direitos e interesses leg�timos da empresa envolvida e se d� ao direito de responder no futuro em situa��es semelhantes." O pa�s asi�tico vinha dizendo que o objeto era civil e que sua presen�a no espa�o a�reo americano era "totalmente acidental".
Analistas veem o recado chin�s, por�m, mais como alerta, apontando que qualquer resposta ser� calibrada nos m�nimos detalhes, de forma a evitar uma piora ainda mais grave nas rela��es.
Neste domingo, autoridades militares dos EUA afirmaram que as opera��es de resgate dos destro�os do bal�o continuam. A Marinha, respons�vel pelo caso, conta com o aux�lio da Guarda Costeira.
A recupera��o dos equipamentos � vista como essencial para se certificar do prop�sito do artefato derrubado e ter acesso a capacidades de espionagem da China.
O bal�o foi derrubado por um ca�a F-22 na costa da Carolina do Sul, a cerca de 6 milhas n�uticas (11 km) da orla. Imagens publicadas nas redes sociais flagraram o que seria o momento do abate. A carga e os destro�os do bal�o teriam ca�do em �guas n�o muito profundas.
