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Estado de Minas CONFLITO NA EUROPA

O balan�o terr�vel de um ano de guerra na Ucr�nia

Dezenas de milhares de mortos, milh�es de refugiados e deslocados internos, cidades bombardeadas, uma economia em colapso


14/02/2023 06:28 - atualizado 14/02/2023 09:26

Ucranianos pegam lenha para enfrentar o frio rigoroso e a escassez no país que completa um ano em guerra contra a Rússia
Ucranianos pegam lenha para enfrentar o frio rigoroso e a escassez no pa�s que completa um ano em guerra contra a R�ssia (foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP)
Um ano ap�s o in�cio da invas�o russa da Ucr�nia, o balan�o � devastador: dezenas de milhares de mortos, milh�es de refugiados e deslocados internos, cidades bombardeadas, uma economia em colapso.

Baixas militares 


Quase 180.000 soldados russos mortos ou feridos e quase 100.000 militares ucranianos: este � o balan�o, segundo a Noruega, da guerra para os dois ex�rcitos.

Outras fontes ocidentais citam 150.000 baixas de cada lado. Em compara��o, durante a guerra do Afeganist�o (1979-1989), a ent�o Uni�o Sovi�tica perdeu 15.000 soldados.

O lado ucraniano utiliza com frequ�ncia os termos "bucha de canh�o" e "carnificina" para definir a estrat�gia russa: recrutas mal treinados enviados para a morte quase certa.

Milhares de prisioneiros russos tamb�m se uniram ao grupo paramilitar Wagner, for�ados por seus companheiros de armas a seguir adiante, mesmo diante de alvos imposs�veis, de acordo com Kiev e seus aliados.

Os incessantes ataques russos tamb�m provocam grandes perdas do lado ucraniano, como demonstram as muitas bandeiras com as cores azul e amarelo nos cemit�rios.

Civis mortos 


Na cidade portu�ria de Mariupol (sul), os cad�veres permaneceram nas ruas ap�s tr�s meses de bombardeios russos. Mais de 20.000 civis ucranianos faleceram at� ent�o, segundo Kiev.

Entre 30.000 e 40.000 morreram em um ano de conflito, segundo fontes ocidentais.

No fim de janeiro, a ONU calculou em 18.000 o n�mero de civis mortos e feridos, mas reconheceu que "os n�meros reais s�o muito mais elevados". Entre os mortos, Kiev menciona "mais de 400 crian�as".

A maioria das v�timas morreu em bombardeios russos, de acordo com as Na��es Unidas.

As minas, menos mortais at� o momento, podem ser mais letais a longo prazo. Quase 30% do territ�rio ucraniano est� repleto de minas, afirma Kiev.

A ONG Human Rights Watch (HRW), no entanto, acusou a Ucr�nia de espalhar minas terrestres pela regi�o de Izium (leste).

Especialistas afirmam que ser�o necess�rios v�rios anos para limpar o territ�rio.

Crimes de guerra 

A guerra na Ucr�nia ficar� na mem�ria coletiva pelas imagens duras: corpos de civis com as m�os amarradas �s costas nas ruas de Bucha ap�s a retirada russa, um bicho de pel�cia repleto de sangue na esta��o de Kramatorsk, uma maternidade bombardeada em Mariupol, entre outras.

Quase 65.000 supostos crimes de guerra foram denunciados, segundo o comiss�rio europeu de Justi�a, Didier Reynders.

As tropas russas foram acusadas de execu��es, estupros, torturas e sequestros de crian�as - mais de 16.000 enviadas para a R�ssia ou territ�rios sob seu controle, segundo Kiev.

Em setembro, investigadores da ONU acusaram as for�as russas de crimes de guerra "em larga escala".

A Ucr�nia foi acusada de cometer crimes de guerra contra prisioneiros russos, mas sem compara��o com a quantidade de fatos atribu�dos a Moscou.

O Tribunal Penal Internacional abriu em 2 de mar�o de 2022 uma investiga��o por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucr�nia.

1.500 km de linha de frente 

O leste da Ucr�nia recorda imagens da Primeira Guerra Mundial: soldados exaustos no fundo de trincheiras lamacentas, enormes crateras provocadas pelos proj�teis, cen�rio apocal�ptico em vilarejos e cidades...

A linha de frente "ativa" alcan�a 1.500 quil�metros no eixo norte-sul no leste da Ucr�nia, de acordo com o comandante do ex�rcito ucraniano, Valeri Zaluzhny.

Em Bakhmut, um dos principais pontos da guerra, uma batalha extremamente violenta envolve h� meses o ex�rcito ucraniano, as for�as russas e os mercen�rios do grupo paramilitar Wagner, que avan�am lentamente.

Milhares de civis ainda vivem nas cidades bombardeadas, escondidos em por�es, sem �gua ou energia el�trica e dependentes da ajuda humanit�ria.

Na retaguarda, os bombardeios tamb�m atingem cidades como Kramatorsk.

E nas �reas liberadas pela Ucr�nia, assoladas pela destrui��o, ainda existe o risco de voltar a cair sob controle russo.

As tropas de Moscou ocupam 18% da Ucr�nia, mas, segundo o general Zaluzhny, Kiev retomou 40% dos territ�rios ocupados pela R�ssia desde a invas�o de 24 de fevereiro de 2022.

Uma economia em colapso 

Edif�cios no ch�o, f�bricas paralisadas, infraestruturas destru�das: estas s�o algumas imagens no sul e leste da Ucr�nia, onde se concentram os combates desde que Moscou fracassou na tentativa de tomar Kiev em abril.

O custo econ�mico para a Ucr�nia foi enorme: o PIB registrou contra��o de 35% em 2022, segundo o Banco Mundial.

A 'Kyiv School of Economics' calculou os danos em 138 bilh�es de d�lares e as perdas para a agricultura em mais de US$ 34 bilh�es. Mais de 3.000 escolas e 239 centros culturais foram afetados, segundo a Unesco.

Desde setembro, Moscou ataca sistematicamente as infraestruturas de energia. Em dezembro, quase metade das instala��es estavam danificadas, o que deixou os ucranianos no escuro e frio.

Refugiados 

De acordo com a ONU, os combates deixaram mais de cinco milh�es de deslocados internos e obrigaram quase oito milh�es de pessoas a abandonar a Ucr�nia.

A Pol�nia � um dos principais pa�ses de recep��o, com mais de um milh�o de pessoas.

Os comandantes da ocupa��o russa afirmam que pelo menos cinco milh�es de ucranianos seguiram para a R�ssia. Kiev chama de "retiradas for�adas".

- Ajuda militar ocidental -

Em abril, colunas de ve�culos militares ucranianos do per�odo sovi�tico atravessavam o pa�s em dire��o ao Donbass (leste).

Os soldados ucranianos pediam na �poca armas ocidentais para contra-atacar os russos, um apelo que teve resposta.

O centro de pesquisas alem�o 'Kiel Institute' calculou as promessas de ajuda militar a Kiev por parte de seus aliados em 40,4 bilh�es de d�lares.

Os lan�a-foguetes americanos Himars, cujo alcance de 80 quil�metros � superior ao dos equipamentos russos, ajudaram a Ucr�nia a registrar importantes avan�os no outono (hemisf�rio norte, primavera no Brasil).

Em janeiro, o Ocidente decidiu fornecer tanques de combate a Kiev, rompendo o primeiro tabu. O envio de ca�as � Ucr�nia pode ser o pr�ximo passo.


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