Enfermeiros estendem e endurecem greve hist�rica por melhores sal�rios na Inglaterra

Profissionais de enfermagem da Inglaterra anunciaram, nesta quinta-feira (16), que v�o estender e endurecer sua queda de bra�o com o governo por melhores sal�rios, com uma greve de dois dias, � qual se juntar�o pela primeira vez equipes de emerg�ncia.

O sindicato Royal College of Nursing (RCN) anunciou uma greve em mais de 120 unidades de sa�de p�blica em 1� de mar�o, acusando o Executivo conservador de Rishi Sunak de se recusar a negociar sal�rios ou o n�mero de profissionais.

A greve durar� 48 horas, uma escalada em rela��o �s paralisa��es anteriores, que duraram apenas 12 horas durante o turno diurno. Pela primeira vez, equipes de enfermagem de emerg�ncia, terapia intensiva e oncologia se juntar�o � greve.

"Essas greves n�o apenas durar�o mais e envolver�o mais pessoas, mas tamb�m n�o poupar�o nenhum departamento do servi�o nacional de sa�de", disse Pat Cullen, secret�ria-geral do RCN, que em dezembro passado lan�ou um protesto nacional sem precedentes em seus 106 anos de hist�ria.

Desde ent�o, "ao se recusar a negociar com os enfermeiros, o primeiro-ministro est� levando mais pessoas � greve", disse Cullen em alus�o ao chefe de governo, Rishi Sunak.

O ministro da Sa�de brit�nico, Steve Barclay, chamou o an�ncio de uma "escalada significativa" e alertou que "p�e em risco a seguran�a dos pacientes".

Os profissionais de enfermagem, em sua grande maioria mulheres, reivindicam aumentos salariais referentes a 2022 e 2023, mas o governo s� est� disposto a negociar no pr�ximo ano, qualificando as suas reivindica��es como "proibitivas" frente a um or�amento ex�guo.

A greve foi cancelada no Pa�s de Gales e na Esc�cia depois que os governos locais desses pa�ses brit�nicos ofereceram aumentos salariais maiores, mas o Executivo de Sunak, que tem jurisdi��o sobre a sa�de na Inglaterra, por enquanto rejeitou um gesto adicional.

Al�m dos enfermeiros, equipes de ambul�ncias, engenheiros ferrovi�rios e alguns funcion�rios p�blicos realizaram greves nos �ltimos meses para exigir aumentos salariais em meio � infla��o recorde no pa�s. Apesar de uma ligeira redu��o, em janeiro ainda estava acima de 10%.