Diante de l�deres e especialistas reunidos na Confer�ncia de Seguran�a de Munique, o diplomata afirmou que a rea��o de Washington foi "absurda e hist�rica" ao derrubar o bal�o com um m�ssil disparado de um avi�o.
O pa�s americano, por sua vez, sustenta que o artefato seria um dispositivo de espionagem, ainda que Pequim tenha afirmado ser apenas um bal�o de pesquisa meteorol�gica que entrou por engano naquela �rea.
"H� muitos bal�es no c�u de diferentes pa�ses. Voc� quer derrubar cada um deles?", questionou Wang, para quem essa a��o representou "100% de abuso do uso da for�a".
"Pedimos aos Estados Unidos que n�o fa�am tais coisas absurdas simplesmente para desviar a aten��o de seus pr�prios problemas internos", declarou.
Para o diplomata, a a��o desrespeitou o pedido para que os Estados Unidos "lidassem com a situa��o de forma tranquila e profissional".
Yi ainda defendeu em seu discurso que a China � um pa�s que lidera quest�es de "paz", palavra que repetiu in�meras vezes, al�m de sugerir que a Ucr�nia e a R�ssia deveriam "sentar-se � mesa e encontrar" uma sa�da "pol�tica" para o conflito que estourou h� quase um ano.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, no entanto, questionou a suposta neutralidade do pa�s asi�tico.
Os Estados Unidos est�o "preocupados com o fato de Pequim ter aprofundado suas rela��es com Moscou desde o in�cio da guerra", disse Harris.
Alemanha e Fran�a esperam convencer a China a pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar o conflito.
- Chips eletr�nicos -
A rivalidade tecnol�gica entre os pa�ses tamb�m foi abordada pelo diplomata, que denunciou as restri��es americanas � exporta��o de chips eletr�nicos.
S�o "100% ego�stas, 100% unilaterais" e representam uma "grave viola��o do princ�pio do livre com�rcio", condenou Wang Yi durante a Confer�ncia de Seguran�a de Munique, criticando uma posi��o "longe da livre concorr�ncia".
Essas restri��es testemunham "uma percep��o equivocada da China" pelos Estados Unidos, segundo o diplomata.
"Com essa percep��o, os Estados Unidos usam todos os seus recursos para reprimir e difamar a China e encorajam outros pa�ses a fazerem o mesmo", afirmou.
"N�o temos medo da competi��o, mas queremos uma competi��o justa, baseada em regras. Os Estados Unidos n�o", disse Wang Yi.
Em outubro, os Estados Unidos, em nome da "seguran�a nacional", anunciaram novos controles de exporta��o, para limitar a capacidade de Pequim de comprar e fabricar chips de �ltima gera��o "usados para fins militares".
Washington procurou impedir Pequim de desenvolver sua pr�pria ind�stria de semicondutores.
Os Estados Unidos acusam regularmente a China de espionagem industrial e de representar uma amea�a � sua seguran�a nacional.
A China anunciou em dezembro que abriu um processo na Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) contra os Estados Unidos por causa dessas restri��es.
O secret�rio-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que tamb�m est� em Munique, pediu aos pa�ses ocidentais para evitar a depend�ncia energ�tica do pa�s asi�tico para que n�o se cometa "o mesmo erro com a China", fazendo men��o � R�ssia.
MUNIQUE