� a primeira vez que deputados russos visitam �reas da Uni�o Europeia desde a invas�o da Ucr�nia. A viagem acontece gra�as � concess�o de vistos feitos pela �ustria, que apesar das cr�ticas n�o abdica da tradicional proximidade com Moscou.
O pa�s europeu concedeu nove vistos aos russos, seis deles para pessoas sancionadas pela UE, alegando que teria que conced�-los j� que a Osce tem sede em Viena.
A Ucr�nia e Litu�nia j� declararam que ir�o boicotar a reuni�o, uma assembleia parlamentar dos 57 membros da organiza��o.
A delega��o russa � liderada por Piotr Tolst�i, vice-presidente da Duma, a c�mara baixa do Parlamento da R�ssia.
A reuni�o foi transmitida ao vivo e os jornalistas n�o foram autorizados a entrar com c�meras.
"A agressiva guerra russa na Ucr�nia colocou em perigo a seguran�a na Europa, e a R�ssia est� violando todos os princ�pios" do �rg�o, declarou a presidente da Assembleia Parlamentar da Osce, Margareta Cederfelt, no in�cio da sess�o.
Segundo uma nota do Minist�rio das Rela��es Exteriores da �ustria, o pa�s declara estar vinculado a um "acordo internacional" com o �rg�o sediado em sua capital. Por isso, s�o obrigados a autorizar a participa��o desses deputados mesmo que estejam sujeitos a san��es da Uni�o Europeia.
Nas duas reuni�es do ano passado sediadas no Reino Unido e na Pol�nia, os pa�ses organizadores n�o concederam os vistos aos russos e, diferente desta vez, os meios de comunica��o puderam acessar o encontro.
Al�m do boicote, que acontece no anivers�rio de um ano do in�cio da ofensiva russa, a diferen�a de tratamento levou parlamentares de 20 pa�ses a criticarem a �ustria.
- Neutralidade e di�logo -
"O momento � muito infeliz", admitiu o ministro das Rela��es Exteriores, Alexander Schallenberg, em uma recente entrevista na televis�o.
Para ele, "precisamos de plataformas de di�logo" como a Osce, criada em 1975 e muitas das vezes com posi��es divergentes.
O chefe de governo austr�aco, Karl Nehammer, tentou uma media��o inicial com o presidente russo, Vladimir Putin, na inten��o de manter la�os, chegando at� a viajar para Moscou em abril de 2022.
Professor de rela��es internacionais na Universidade de Innsbruck, Gerhard Mangott explicou que, "na realidade, a �ustria rompeu claramente com Moscou desde o in�cio da guerra e ficou do lado de Kiev sem hesitar".
O governo, composto de ambientalistas e conservadores, expulsou no come�o de fevereiro v�rios diplomatas suspeitos de espionagem, uma atitude rara para Viena.
O apoio a Kiev � inconfund�vel, embora o pa�s n�o forne�a armas devido ao seu status de neutralidade militar. A �ustria fornece ajuda humanit�ria e acolhe milhares de refugiados ucranianos.
Com rela��es diplom�ticas com Moscou desde 1698, o governo austr�aco estendeu o tapete vermelho por muito tempo para Putin, que at� dan�ou no casamento de uma ministra em 2018.
Antes do conflito, Viena importava quase 80% de seu g�s da R�ssia.
A �ustria mant�m o seu princ�pio de neutralidade militar e n�o pretende entrar na Otan, como a Su�cia ou Finl�ndia.
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VIENA