Ap�s "discuss�es profundas e francas", os participantes da reuni�o na cidade de Aqaba, "reafirmaram a necessidade de se comprometer com uma distens�o no terreno e evitar novos atos de viol�ncia", diz o documento final, que cont�m oito pontos.
A reuni�o buscava "refor�ar a confian�a" entre Israel e os palestinos, assim como restabelecer a calma na regi�o, afirmou uma fonte do governo jordaniano � AFP sob a condi��o de anonimato.
H� um ano, o ex�rcito israelense multiplica suas incurs�es no norte da Cisjord�nia, um territ�rio palestino ocupado por Israel em 1967, reduto de grupos palestinos armados.
Na quarta-feira, for�as israelenses mataram 11 palestinos e feriram a tiros mais de 80 pessoas em uma opera��o em Nablus (norte), segundo o minist�rio da Sa�de palestino. Trata-se do balan�o mais mortal desde 2005.
A reuni�o na Jord�nia � a primeira do tipo realizada em v�rios anos. Participaram do encontro altos funcion�rios jordanianos, eg�pcios, palestinos e americanos, segundo o comunicado.
Ao final das discuss�es, o governo israelense e a Autoridade Nacional Palestina "confirmaram sua vontade e seu compromisso conjunto" de deter a tomada de medidas unilaterais por um per�odo de 3 a 6 meses.
O acordo inclui um compromisso por parte de Israel de deixar de debater o estabelecimento de novos assentamentos durante quatro meses e de n�o legalizar os chamados assentamentos "selvagens" (sem autoriza��o do governo) durante seis meses, segundo o texto.
- "Confian�a m�tua" -
No comunicado, os participantes tamb�m acordaram ajudar as duas partes a "estabelecer uma confian�a m�tua" para que se possa produzir um "di�logo direto".
As partes palestinas e israelenses "v�o trabalhar de boa f� para assumir suas responsabilidades", acrescenta o documento.
Em um comunicado, o assessor de Seguran�a Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, saudou com satisfa��o o encontro, mas acrescentou que "ainda h� muito trabalho a fazer nas pr�ximas semanas e meses para construir um futuro est�vel e pr�spero para israelenses e palestinos por igual".
Os participantes v�o voltar a se reunir na cidade eg�pcia de Sharm el-Sheikh em mar�o. Entre eles estavam o chefe dos servi�os de intelig�ncia palestinos, Majed Faraj, o chefe do servi�o de intelig�ncia interior israelense (Shin Beth), Ronen Bar, e o coordenador do Conselho Nacional de Seguran�a americano para o Oriente M�dio, Brett McGurk.
O rei Abdullah II, da Jord�nia, destacou a McGurk "a import�ncia de intensificar os esfor�os a favor da calma e da distens�o", segundo o Pal�cio Real.
Os di�logos coincidem com um momento de forte tens�o. Enquanto a reuni�o acontecia, dois israelenses morreram em um "atentado" palestino no norte da Cisjord�nia, segundo um comunicado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
"A decis�o de participar da reuni�o de Aqaba, apesar da dor e dos massacres sofridos pelo povo palestino, vem de uma vontade de p�r fim ao derramamento de sangue", informou o partido Fatah, do presidente palestino, Mahmud Abbas, pelo Twitter.
Outras fac��es palestinas, como o grupo islamita Hamas, denunciaram a participa��o da Autoridade Palestina no encontro.
- "Ruptura com o consenso" -
Em nota, o grupo islamita que governa a Faixa de Gaza considerou "o encontro com os sionistas uma ruptura com o consenso nacional palestino, um desprezo pelo sangue dos m�rtires, uma tentativa declarada de dissimular os crimes da ocupa��o".
A incurs�o de quarta-feira em Nablus foi a �ltima de uma s�rie de interven��es sangrentas de Israel na Cisjord�nia, dois meses depois da posse do novo governo israelense, considerado o mais � direita da hist�ria do pa�s, e no qual s�o numerosos os partid�rios da linha dura contra os palestinos.
Desde o come�o do ano, o conflito custou a vida de 61 palestinos (tanto membros de grupos armados quanto civis, inclusive menores), de dez israelenses (um policial e nove civis, entre os quais tr�s menores) e de uma cidad� ucraniana, segundo contagem feita pela AFP com base em fontes oficiais israelenses e palestinas.
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