"O que n�o querem � que acabe a corrup��o, querem continuar roubando porque a maioria deles � corrupta", disse o presidente de esquerda em sua habitual confer�ncia matutina, na qual nomeou v�rios dos organizadores e assistentes.
AMLO, como � conhecido o presidente por suas iniciais, acrescentou que a "maioria deles s�o muitos ricos e n�o empres�rios em sentido estrito", mas "traficantes de influ�ncias, pol�ticos corruptos".
Dezenas de milhares de mexicanos lotaram, neste domingo (26), o Z�calo, a principal pra�a p�blica do pa�s, em protesto contra uma reforma da legisla��o eleitoral e o governo de L�pez Obrador.
Apesar das cr�ticas, o presidente reconheceu a import�ncia de uma for�a opositora para a democracia mexicana.
"T�m todo o direito de se manifestarem", afirmou L�pez Obrador, cuja popularidade ronda 60%. Em tom ir�nico, instou seus opositores, a quem chama de "conservadores", a n�o deixarem de se "mobilizarem".
A reforma reduz o n�mero de funcion�rios e o or�amento do Instituto Nacional Eleitoral (INE), entidade encarregada de organizar as elei��es e � qual o presidente acusa de custar caro aos cofres p�blicos e de ter tolerado fraudes no passado.
Segundo o aut�nomo Instituto Nacional Eleitoral (INE), estas mudan�as eliminam 85% de seu pessoal de carreira, reduzem sua capacidade operacional e sua estrutura territorial neste pa�s com cerca de 93 milh�es de eleitores.
Para os partidos de oposi��o, essas altera��es afetam a independ�ncia do �rg�o e inclinam a balan�a a favor da esquerda com vistas �s elei��es presidenciais, para as quais L�pez Obrador n�o tem op��es legais para tentar a reelei��o.
Em resposta ao protesto deste domingo, L�pez Obrador convocou seus apoiadores a se mobilizarem em 18 de mar�o por ocasi�o dos 85 anos da nacionaliza��o do petr�leo no M�xico.
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