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Estado de Minas BARCELONA

Teletrabalho e censura fazem mercado de VPN disparar


27/02/2023 20:18

Em busca de confidencialidade e seguran�a, um n�mero cada vez maior de internautas recorre a uma rede VPN em seus computadores ou smartphones, para acessar p�ginas bloqueadas ou proteger sua conex�o, principalmente durante o trabalho remoto.

Segue abaixo um resumo de como funcionam essas ferramentas de um mercado em plena expans�o, por ocasi�o do Mobile World Congress (MWC), que re�ne em Barcelona empresas especializadas.

- O que � uma VPN? -

Uma VPN, ou rede privada virtual, � uma ferramenta que permite o acesso � internet por meio de um "t�nel criptografado", que oculta a localiza��o do internauta alterando seu endere�o IP e torna a conex�o an�nima.

As VPNs podem ser usadas para burlar o bloqueio de algumas p�ginas, principalmente em pa�ses onde h� censura, ou para burlar restri��es geogr�ficas impostas, por exemplo, por plataformas de streaming. De forma geral, servem para refor�ar a prote��o dos computadores frente �s amea�as cibern�ticas e, para quem trabalha de forma remota, ajudam a acessar com seguran�a a rede interna de sua empresa.

- O que significa esse mercado?

Segundo a p�gina especializada DataReportal, 28% dos internautas com idade entre 16 e 24 anos usaram uma VPN no ano passado. Os usu�rios s�o especialmente numerosos em �ndia (42%), Indon�sia (40%) e Nig�ria (38%).

O mercado de VPN progrediu notavelmente nos �ltimos anos, passando de US$ 25 bilh�es em 2019 para US$ 45 bilh�es em 2022, segundo o gabinete Global Market Insight. Esse boom deve at� acelerar, uma vez que, at� 2032, deve chegar a 350 bilh�es.

"O setor seguro que continuar� crescendo", confirmou Franz Kasperec, respons�vel pela seguran�a de infraestrutura do grupo Atos, que prev� um "boom" da demanda, principalmente com o auge do 5G.

- Por que tanto sucesso? -

A explos�o das VPNs se explica, em primeiro lugar, pelo uso crescente dos servi�os em nuvem, que exp�em as empresas a m�ltiplas amea�as, e tamb�m pelo aumento do teletrabalho.

A tend�ncia crescente de mobilidade no mercado de trabalho "aumentou o interesse" pelas VPNs nas empresas, que buscam se proteger contra "fraudes" e "comunica��es interceptadas", detalhou Kasperec. Segundo Simon Migliano, diretor de pesquisas da p�gina especializada top10vpn, o interesse por essas ferramentas tamb�m � explicado pelo aumento dos fechamentos de p�ginas realizados nos �ltimos meses em locais controlados por regimes autorit�rios.

No Ir�, a demanda por VPNs disparou 3.000% quando o movimento de protesto contra o regime explodiu, no fim de setembro, destacou o especialista. Ap�s a invas�o � Ucr�nia, h� um ano, a R�ssia registrou um pico de download de 2.600%.

- Quem domina o setor? -

Existem no mercado dois grandes tipos de VPN: as gratuitas, cujo modelo econ�mico baseia-se principalmente na publicidade, e as pagas, destinadas a empresas e administra��es.

"O mercado das VPN gratuitas est� bastante fragmentado, o que � especialmente verdadeiro no caso dos smartphones, devido � baixa barreira � entrada", tanto em termos de custo, quanto de distribui��o, explicou � VPN o pesquisador Simon Migliano. Para as VPNs pagas, vemos, inversamente, "uma consolida��o crescente, seguindo v�rias aquisi��es de alto perfil de marcas estabelecidas por empresas maiores", acrescentou.

Dois grandes players dominam atualmente esse mercado: Kape Technologies, dona da Zenmate, CyberGhost e ExpressVPN; e Nord Security, que possui a NordVPN, Surfshark e Atlas VPN. Ao lado delas figuram v�rios players especializados, como Sectra e Atos, que trabalham, principalmente, para minist�rios e o setor da Defesa, o que implica uma seguran�a sob medida, destacou David Leporini, diretor de seguran�a IoT da Atos.

- As VPNs s�o infal�veis? -

Embora sejam eficazes para proteger a vida privada, as VPNs n�o permitem que o usu�rio seja "completamente an�nimo", uma vez que n�o protegem dos "rastreadores, cookies e impress�es digitais do navegador", alertou Simon Migliano.

As VPNs n�o s�o todas iguais. Nos �ltimos anos, surgiram muitas ferramentas com desempenho menor e que apresentavam graves lacunas no mercado de VPNs gratuitas, buscando monetizar os dados dos usu�rios, destacou o especialista.

Para evit�-lo, pode-se recorrer a VPNs pagas, embora, ainda assim, o ideal seja integr�-la a "uma caixa maior de ferramentas de seguran�a", que poderia incluir um programa antiv�rus e um gerenciador de senhas, estimou Migliano.


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