Kais Saied denunciou no m�s passado a presen�a de "hordas" de clandestinos que fazem parte de "uma empresa criminosa" que pretende "mudar a composi��o demogr�fica" do pa�s magrebino.
Pouco antes do meio-dia de hoje, "133 pessoas, entre elas 25 mulheres, nove crian�as e 25 estudantes", partiram para o Mali, informou � AFP um diplomata daquele pa�s.
Duas horas mais tarde, decolou outro avi�o, com 145 marfinenses a bordo, segundo o embaixador marfinense na Tun�sia, Ibrahim Sy Savan�. Na quarta-feira, 50 guineanos j� haviam sido repatriados.
Saied foi acusado por ONGs de ter feito declara��es "racistas" e de "fomentar o �dio". Ap�s o seu discurso, multiplicaram-se as den�ncias de agress�es a imigrantes subsaarianos, que procuraram em massa suas respectivas embaixadas, para pedir a repatria��o.
- Legais ou n�o -
Segundo o governo marfinense, 1.300 cidad�os daquele pa�s pediram para ser repatriados da Tun�sia, um n�mero consider�vel em uma comunidade de 7.000 pessoas, a maior da �frica subsaariana, devido � isen��o de vistos de entrada.
Os estudantes que decidiram sair t�m resid�ncia legal, mas sua situa��o se tornou insustent�vel. "Quase todos os dias h� agress�es, ame�as, ou eles s�o expulsos de casa", contou � AFP por telefone, do aeroporto, o presidente da Associa��o de Estudantes Marfinenses da Tun�sia, Micha�l Elie Bio Vamet.
- Mil�cias -
Muitos dos 21.000 subsaarianos registrados na Tun�sia, a maioria em situa��o irregular, ficaram de um dia para o outro sem casa e sem emprego. Dezenas deles foram detidos em controles policiais e alguns ainda se encontram presos. Outros, citaram a a��o de "mil�cias" que os perseguem e saqueiam.
Imigrantes de pa�ses sem representa��o diplom�tica na Tun�sia improvisaram um acampamento em frente aos escrit�rios da Organiza��o Internacional para as Migra��es (OIM), onde dormem em condi��es insalubres.
Outra fonte de ang�stia vinha das multas impostas por autoridades tunisianas por perman�ncia irregular no pa�s, de 25 euros por dia. O governo, no entanto, decidiu anular as multas para aqueles que "desejarem retornar voluntariamente a seu pa�s", informou o Minist�rio das Rela��es Exteriores neste s�bado.
TUNES