
Apesar do sucesso nas redes sociais, muitos internautas questionaram a veracidade do v�deo, que foi gravado na �ltima quarta-feira (1º/3). Em conversa com a reportagem do Estado de Minas, o estudante garante que foi tudo real e – apesar da exposi��o – afirma manter uma boa rela��o com Dariana, que tem 23 anos. “N�s nos damos muito bem. Estamos acostumados a pegar pesado uns com os outros. Ent�o, � algo que est� normalizado entre n�s”, conta.
Al�m do sucesso repentino no mundo virtual, o jovem contou � reportagem que o v�deo no qual exp�e Dariana lhe rendeu at� alguns “f�s”. “�s vezes, quando identificam que sou eu o rapaz do v�deo, chegam a pedir fotos aqui na escola”, afirma Jonatan, pontuando que foi pego de surpresa com a repercuss�o. “Eu realmente n�o esperava que fosse tomar essa propor��o. Foi chocante ver como chegou a tantos milh�es de pessoas”, finaliza.
Doutor em Educa��o comenta o caso
O professor Roney Polato, doutor em Educa��o pela UFJF, pontua que embora o trabalho em grupo seja uma pr�tica muito comum, ele nem sempre � “objeto de planejamento e discuss�o”.
“Esse tipo de atitude [exposta no v�deo que viralizou] na din�mica da atividade pode ocorrer quando as intercorr�ncias n�o s�o abordadas previamente ou quando os estudantes n�o s�o estimulados a debater sobre todas as quest�es que envolvem trabalhos em grupo.”
Como observa Polato, n�o � poss�vel avaliar pelo extrato de v�deo publicado a condu��o do professor. “Tamb�m n�o se tratar de fazer acusa��es. Por�m, podemos dizer que a situa��o poderia ter sido evitada, caso o trabalho em grupo fosse considerado n�o apenas uma atividade corriqueira, mas um momento importante de trabalho, sendo inclu�do entre os objetivos procedimentais e atitudinais da abordagem pedag�gica”, explica o professor, que leciona na Faculdade de Educa��o e no programa de p�s-gradua��o da UFJF.
Ainda conforme o professor, o impacto da situa��o � negativo, “porque � um tipo de aprendizagem que n�o conduz a uma problematiza��o mais aprofundada dos conflitos e negocia��es inerentes � conviv�ncia humana e � constru��o de rela��es respeitosas na escola”. Segundo ele, trabalhos em grupos necessitam ser encarados como um exerc�cio pedag�gico, com objetivos bem definidos.
“Para que nossos objetivos incluam um aprendizado mais ativo e din�mico, no qual a centralidade se desloca do professor para a rela��o entre ele e o estudante, com maior protagonismo deste, ent�o precisaremos lidar com a proposta de trabalhar em grupos como uma parte do que se aprende na escola, como um dos nossos objetivos. Por mais que se encontrem na sua realiza��o, o trabalho em grupo demonstra ser uma atividade significativa nesse sentido de proporcionar trocas de ideias, debates e constru��o conjunta do conhecimento”, finaliza.