"A discrimina��o e o racismo s�o amea�as virulentas, tanto � dignidade humana quanto �s nossas rela��es como seres humanos", alertou Volker Turk, em seu primeiro discurso perante o Conselho de Direitos Humanos desde que assumiu o cargo h� seis meses.
"Eles d�o armas ao desprezo. Humilham e violam os direitos humanos, alimentam rejei��es e desesperam e impedem o desenvolvimento", acrescentou o respons�vel em um vibrante discurso, no qual revisou os casos mais flagrantes de viola��o dos direitos humanos no mundo, do Afeganist�o ao Ir�, passando pelo Brasil.
O alto comiss�rio destacou a viol�ncia policial em muitos pa�ses contra pessoas negras, um "exemplo do dano estrutural profundamente enraizado na discrimina��o racial".
Citou relat�rios recentes de seus servi�os na Fran�a, Reino Unido, Irlanda e Austr�lia, mas especialmente no Brasil, onde o n�mero de brancos mortos pela pol�cia caiu 31% em 2021, mas o de negros aumentou 6%.
Na v�spera do Dia Internacional da Mulher, Turk tamb�m alertou sobre "o alcance e a magnitude da discrimina��o contra mulheres e meninas, uma das piores viola��es dos direitos humanos no mundo".
E denunciou a situa��o no Afeganist�o, onde o Talib� privou as mulheres da maior parte de seus direitos humanos, e no Ir�, onde os manifestantes exigem mais direitos para as mulheres, em muitos casos colocando suas vidas em perigo.
Com rela��o aos avan�os nesta �rea, Turk citou o progresso em Serra Leoa e na Espanha.
Mulheres e meninas n�o s�o as �nicas v�timas desse "discurso de �dio", acrescentou Turk. Tamb�m sofrem ataques "pessoas de origem africana, judeus, mu�ulmanos, pessoas LGBTQIA+, refugiados, migrantes e muitas outras pessoas de grupos minorit�rios".
Da mesma forma, o respons�vel lamentou "provoca��es deliberadas (...) que tentam abrir brechas entre as comunidades", como quando ativistas de extrema direita profanaram recentemente c�pias do Cor�o na Su�cia. "� muito perigoso", afirmou.
GENEBRA