A reuni�o, na v�spera do Dia Internacional da Mulher, coincidiu com a da Comiss�o sobre o Estatuto da Mulher (CSW, sigla em ingl�s), que deu in�cio ontem a duas semanas de encontros em Nova York.
Em 20 anos, "n�o mudamos de forma significativa a composi��o das mesas de negocia��o da paz, nem alteramos a impunidade da qual desfrutam aqueles que cometem atrocidades contra mulheres e jovens", lamentou no encontro a diretora-executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous.
A diretora citou o Afeganist�o, "um dos exemplos mais extremos do retrocesso nos direitos das mulheres" desde o regresso dos talib�s ao poder, em agosto de 2021, e a guerra na Ucr�nia, onde "as mulheres e seus filhos representam 90% dos cerca de 8 milh�es de ucranianos que tiveram que abandonar o pa�s".
A embaixadora dos Estados Unidos perante a ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu que a comunidade internacional "aplique o programa 'mulheres, paz, seguran�a'", t�tulo da resolu��o da ONU que completar� 25 anos em outubro de 2025. O texto "reitera o papel importante das mulheres na preven��o e resolu��o dos conflitos, nas negocia��es de paz, e insiste na import�ncia de uma participa��o igualit�ria e do seu envolvimento total para manter e promover a paz e seguran�a".
A diplomata criticou "a viol�ncia e a opress�o contra as mulheres e jovens em todo o mundo", do Ir� ao Afeganist�o, passando por �reas da Ucr�nia ocupadas pela R�ssia.
A representante de Fran�a, Marl�ne Schiappa, secret�ria de Estado para a Economia Social e Solid�ria, denunciou que, "em qualquer situa��o de conflito e crise em Ucr�nia, I�men, Som�lia, etc., as mulheres s�o particularmente afetadas, sendo alvos deliberados, inclusive, de viol�ncia sexual".
"Apenas 28% dos acordos de paz cont�m determina��es sobre o lugar da mulher, e, nos �ltimos 25 anos, apenas 2% dos mediadores e 8% dos negociadores eram mulheres", ressaltou Marl�ne.
NOVA YORK