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Estado de Minas NAIR�BI

Quenianos transformam lixo eletr�nico em pr�teses biorrob�ticas


08/03/2023 10:40

Dois retratos de Albert Einstein servem de inspira��o em um laborat�rio improvisado nos arredores de Nair�bi, onde dois quenianos autodidatas constru�ram um bra�o prot�tico biorrob�tico utilizando lixo eletr�nico.

Os primos Moses Kiuna e David Gathu criaram sua primeira pr�tese de bra�o em 2012, depois que um vizinho perdeu um membro em um acidente industrial.

Mas sua inven��o mais recente apresenta uma melhoria significativa, dizem.

O aparelho utiliza um capacete receptor para captar sinais cerebrais e convert�-los em corrente el�trica, esta � enviada a um transmissor que encaminha os comandos para o bra�o e o faz se movimentar. Um processo que dura menos de dois segundos.

"Vimos pessoas com defici�ncia lutando muito e quer�amos faz�-las se sentirem mais capazes", contou Gathu � AFP.

O alto custo de pr�teses faz com que apenas uma entre 10 pessoas com defici�ncia no mundo tenham esse acesso, o que segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), gera um agravamento do peso da incapacidade.

"Percebemos que o Qu�nia importa pr�teses caras", disse Kiuna, atualmente com 29 anos. "Ent�o nos perguntamos: 'Como podemos resolver nossos pr�prios problemas?'"

- Reciclagem -

A solu��o veio dos ferros-velhos.

Desde os tempos de escola, os primos exploravam ferros-velhos em Nair�bi em busca de materiais descartados que utilizariam para criar dezenas de inven��es.

Embora o ensino tradicional fizesse pouco para alimentar a curiosidade de Gathu, agora com 30 anos, seu desejo de aprender n�o diminuiu. Ele deixou a escola aos 17 e Kiuna abandonou a universidade dois anos depois.

Atualmente, as prateleiras do laborat�rio dos dois, ao lado da casa de sua av�, est�o repletas de livros de ci�ncias e as paredes, cobertas com gr�ficos que detalham a anatomia humana e a tabela peri�dica.

"Estudamos neurofisiologia lendo livros e nos reunindo com m�dicos para que nos explicassem os conceitos", conta Gathu, explicando o processo de constru��o do bra�o prot�tico.

No in�cio da pandemia de covid-19, os primos tamb�m constru�ram um aparelho para esterilizar notas com raios infravermelhos, e, mais tarde, um gerador de energia verde que transforma oxig�nio em eletricidade, destinado a combater as mudan�as clim�ticas.

- Impulsionar o futuro -

"Esses dois s�o a prova de que os africanos podem fazer contribui��es significativas � tecnologia e � ci�ncia", disse Mukuria Mwangi, fundador da escola Jasiri Mugumo, em Nair�bi.

Mwangi, que convida Gathu e Kiuna para conversar com crian�as em idade escolar, conta � AFP que a educa��o no Qu�nia faz algo para estimular a inova��o.

"A inven��o n�o � uma disciplina que nasce em nossas escolas, mas a inova��o � o que vai impulsionar o futuro", diz ele.

Outros desafios, como a falta de financiamento, impedem que a inova��o decole no pa�s da �frica Oriental, conforme refletido nas muitas inven��es de Gathu e Kiuna que acabam acumulando poeira no laborat�rio.

"Temos muitas outras ideias que podemos viabilizar comercialmente, mas faltam recursos e apoio", lamentou Gathu.


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