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Estado de Minas MADRI

Mulheres protestam por seus direitos amea�ados em todo o mundo


08/03/2023 12:29

Com seus direitos amea�ados em v�rias partes do mundo, milhares de mulheres saem �s ruas nesta quarta-feira (8) para exigir o fim da discrimina��o e do feminic�dio, que crescem em todo o mundo.

Os motivos de mobiliza��o neste Dia Internacional da Mulher s�o in�meros: as restri��es impostas no Afeganist�o desde a volta do Talib� ao poder, a repress�o aos protestos no Ir� pela morte de Mahsa Amini, o questionamento do direito ao aborto nos Estados Unidos ou as consequ�ncias da guerra na Ucr�nia para as mulheres.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, homenageou em um v�deo "todas as mulheres que trabalham, ensinam, estudam, salvam, cuidam e lutam" pelo pa�s, assim como aquelas que "sacrificaram suas vidas" desde o in�cio da invas�o um ano atr�s.

J� o presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma mensagem �s mulheres que "cumprem o seu dever" ao servi�o da na��o.

As mulheres s�o as primeiras v�timas das guerras e est�o sub-representadas nas mesas de negocia��o, denunciaram na ter�a-feira representantes oficiais perante o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas.

Os atos neste 8 de mar�o ser�o realizados em v�rias cidades, desde Madri, que costuma reunir uma gigantesca mar� roxa, at� S�o Paulo, passando tamb�m por Cabul, onde cerca de vinte mulheres se manifestaram, observaram os jornalistas da AFP.

"Chegou a hora da ONU tomar a��es decisivas para o destino do povo", declarou uma das manifestantes.

Desde o retorno ao poder em agosto de 2021, os talib�s multiplicaram as restri��es para as mulheres, que foram banidas da universidade e n�o podem acessar o ensino m�dio.

"O Afeganist�o sob o dom�nio do Talib� continua sendo o pa�s mais repressivo do mundo no que diz respeito aos direitos das mulheres", denunciou Roza Otunbayeva, diretora da miss�o de assist�ncia da ONU nesse pa�s asi�tico.

No Paquist�o, pa�s conservador e patriarcal, milhares de mulheres sa�ram �s ruas, apesar das tentativas das autoridades em v�rias cidades de impedir as marchas.

"N�o vamos mais ficar em sil�ncio. � o nosso dia, � o nosso momento", disse Rabail Akhtar, uma professora que se juntou �s 2.000 mulheres que protestaram em Lahore.

- Direito ao aborto -

"Os avan�os obtidos em d�cadas est�o evaporando diante de nossos olhos", alertou o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, na segunda-feira. "No ritmo atual, a ONU Mulheres calcula que ser�o necess�rios 300 anos" para alcan�ar a igualdade entre homens e mulheres, acrescentou.

Em um gesto simb�lico na v�spera de 8 de mar�o, a Uni�o Europeia (UE) adotou san��es contra nove funcion�rios e tr�s entidades oficiais de seis pa�ses, incluindo Afeganist�o, R�ssia e Sud�o do Sul, por casos de viol�ncia sexual e abuso contra mulheres.

Na Europa, s�o esperadas manifesta��es em v�rios pa�ses. Na Fran�a, marchas por "igualdade no trabalho e na vida" foram convocadas em cerca de 150 cidades.

Outro tema central dos protestos ser� a defesa do direito ao aborto, enfraquecido nos Estados Unidos pela decis�o da Suprema Corte em junho de revogar a decis�o de 1973 que garantia o acesso a n�vel federal.

Na Europa, esse direito tamb�m foi enfraquecido na Hungria e na Pol�nia.

"Lutamos contra um patriarcado (...) que disputa at� a morte esses nossos direitos - como o aborto - que conquistamos lutando", afirma o manifesto da marcha que acontecer� em Madri.

- Manifesta��es na Am�rica Latina -

No Brasil, atos em S�o Paulo e no Rio de Janeiro denunciar�o os "cortes nas pol�ticas de prote��o �s mulheres" e o "crescimento vertiginoso do machismo e da misoginia" durante o mandato do direitista Jair Bolsonaro (2019-2022), afirmou Jun�ia Batista, da Central �nica dos Trabalhadores (CUT).

Sob os slogans "Nem mais uma assassinada!" e "Contra a viol�ncia sexista e o trabalho prec�rio!", coletivos feministas convocaram marchas nas principais cidades do M�xico, onde em 2022 ocorreram 969 feminic�dios, segundo dados oficiais.

Tamb�m na Col�mbia, organiza��es de mulheres convocaram manifesta��es em Bogot�, Medell�n, Cali e outras cidades para exigir a��es contra o aumento de feminic�dios, que passaram de 182 em 2020 para 614 no ano passado.

Na Venezuela, sindicatos e federa��es convocaram uma manifesta��o em Caracas para exigir a garantia de seus direitos, violados por baixos sal�rios, abusos e pela "crescente feminiza��o da pobreza".

Sem permiss�o das autoridades para se manifestarem livremente, as organiza��es feministas independentes de Cuba convocaram uma "marcha virtual" nas redes sociais para conscientizar sobre a viol�ncia de g�nero e o feminic�dio.


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