"A aposentadoria � o saldo cont�bil de toda uma vida de desigualdades profissionais, mas tamb�m familiares e sociais", disse � AFP Ana Azaria, presidente da associa��o "Femmes Egalit�" (Igualdade das Mulheres).
Tr�s sindicatos (FSU, CGT e Solidaires) e 45 organiza��es feministas convocaram uma "greve feminista" para exigir "igualdade no trabalho e na vida". Foram registradas passeatas em cerca de 150 cidades.
O projeto de reforma da Previd�ncia "penaliza muito mais as mulheres. Eu n�o quero trabalhar at� os 64 anos", disse Maria Luisa Fraile, trabalhadora da limpeza, 61 anos, em Toulouse (sul).
O governo Macron prop�e adiar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos at� 2030 e antecipar para 2027 a exig�ncia de contribuir por 43 anos (e n�o 42, como � agora) para se ter direito � aposentadoria integral.
Dois em cada tr�s franceses s�o contr�rios a este projeto, em debate no Parlamento. Seus opositores consideram, ainda, que o mesmo penaliza sobretudo as mulheres e quem come�ou a trabalhar muito jovem.
O projeto deveria prolongar mais a vida profissional das mulheres do que a dos homens, mas reduziria a diferen�a do montante da aposentadoria entre ambos. No fim de 2020, as mulheres recebiam, em m�dia, 40% a menos do que os homens.
"As mulheres s�o as grandes perdedoras desta reforma, pois suas carreiras s�o descont�nuas", afirmou Odile Deverne, professora de 60 anos, sindicalista da Snes-FSU em Lille (norte).
As den�ncias de diferen�a salarial - as mulheres receberam quase 15% menos do que os homens no setor privado em 2021 pelo mesmo per�odo de trabalho, segundo dados oficiais - e viol�ncia de g�nero foram outros temas das manifesta��es.
O governo apresentou nesta quarta-feira uma s�rie de medidas para avan�ar na igualdade e combater a viol�ncia de g�nero. Macron prop�s, ainda, incluir o direito ao aborto na Constitui��o.
PARIS