O naufr�gio ocorreu na costa de Sfax, afirmaram autoridades.
O porta-voz do tribunal de primeira inst�ncia de Sfax afirmou que os 14 migrantes morreram depois que duas prec�rias embarca��es viraram, um na ter�a-feira e outro na quarta-feira.
A trag�dia ocorreu no momento em que muitos migrantes de pa�ses subsaarianos querem deixar a Tun�sia, ap�s os coment�rios do presidente.
Em meados de fevereiro, Saied afirmou que a presen�a no pa�s de "hordas" de clandestinos da �frica subsaariana era fonte de "viol�ncia e crimes".
Ap�s este discurso, condenado por ONGs, muitos cidad�os de pa�ses subsaarianos foram alvo de ataques e tentaram recorrer �s suas embaixadas para serem repatriados.
Em uma aparente tentativa de acalmar a tens�o, Saied disse na quarta-feira, em entrevista ao lado do presidente da Guin�-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, que os africanos no pa�s s�o "irm�os", segundo um v�deo divulgado pela Presid�ncia da Tun�sia.
- Declara��es "mal-intencionadas" -
Saied afirmou que o objetivo de seu discurso foi respeitar a "legalidade tunisiana em rela��o aos estrangeiros" e impedir qualquer "jurisdi��o paralela" � do Estado.
Ele tamb�m rejeitou as declara��es "mal-intencionadas" sobre seu discurso.
"Esta situa��o em rela��o aos africanos n�o pode ser interpretada por l�nguas mal-intencionadas, como tem sido feito nos �ltimos dias, como se fosse racismo", afirmou.
A Tun�sia est� localizada no norte da �frica e partes da costa ficam a menos de 150 quil�metros da ilha italiana de Lampedusa.
Segundo dados oficiais, a Tun�sia conta com mais de 21 mil pessoas provenientes de pa�ses da �frica subsaariana, a maioria em situa��o irregular, ou seja, menos de 0,2% de uma popula��o de cerca de 12 milh�es de pessoas.
Frequentemente, embarca��es deixam o pa�s com migrantes que tentam chegar � It�lia.
Segundo dados oficiais da It�lia, mais de 32.000 migrantes, incluindo 18.000 tunisianos, chegaram irregularmente ao pa�s em 2022 vindos da Tun�sia.
A Guarda Costeira da Tun�sia informou no final de fevereiro que a migra��o irregular registrou "um aumento acentuado" devido � "melhoria das condi��es clim�ticas".
Em 16 de fevereiro, poucos dias antes da pol�mica declara��o de Saied, cerca de vinte ONGs locais denunciaram o aumento do "discurso de �dio" e do racismo no pa�s, alguns dos quais, segundo eles, afetam particularmente os migrantes da �frica subsaariana.
Segundo essas ONGs, "as pol�ticas europeias de externaliza��o das fronteiras contribu�ram durante anos para transformar a Tun�sia em um ator fundamental na vigil�ncia das rotas migrat�rias no Mediterr�neo".
TUNES