Ap�s a dura derrota sofrida esta semana no Congresso pela rejei��o de uma reforma tribut�ria considerada fundamental por seu governo, Boric disse que fez ajustes em sua equipe com foco em melhorar a gest�o e equilibrar as for�as da coaliz�o de esquerda que o acompanha.
"O que me motiva a fazer estas mudan�as (...) n�o s�o press�es pol�ticas ou pequenas compensa��es, o objetivo destas altera��es � a nossa capacidade de resposta e melhorar a gest�o", declarou o presidente na cerim�nia de posse no pal�cio de La Moneda.
Esta � a segunda mudan�a de gabinete que Boric faz em seu primeiro ano de governo, marcado por um in�cio turbulento e a gradual recupera��o da normalidade no pa�s ap�s anos de atritos e incertezas.
A renova��o chegou aos minist�rios das Rela��es Exteriores, Obras P�blicas, Cultura, Esportes e Ci�ncias. Boric tamb�m fez mudan�as em 15 subsecretarias.
"� um ajuste, n�o � uma mudan�a estrutural. Avan�a na dire��o de construir novos equil�brios na coaliz�o de governo", explica � AFP Marcelo Mella, cientista pol�tico da Universidade de Santiago.
A nova composi��o muda a hegemonia das mulheres no gabinete e agora h� paridade: 12 ministras e 12 ministros. Antes havia 14 mulheres e 10 homens no gabinete ministerial.
Boric, no entanto, deixa intacta a Comiss�o Pol�tica e a equipe econ�mica, que tem conseguido mostrar bons n�meros em n�vel local.
- Valoriza��o da experi�ncia -
Melhorar a gest�o se tornou urgente ap�s o forte rev�s que o governo sofreu na quarta-feira com a rejei��o da C�mara dos Deputados � reforma tribut�ria, fundamental para financiar o programa de reformas sociais pretendido por Boric.
O programa, por meio do qual se buscava arrecadar o equivalente a 3,6 pontos do PIB, foi recusado com os votos da direita opositora e a aus�ncia de legisladores de esquerda.
Diferentemente de jovens com pouca experi�ncia pol�tica que integraram seu primeiro gabinete, em suas duas mudan�as ministeriais Boric optou por pol�ticos mais experientes.
"Boric est� valorizando a experi�ncia", disse Mella. "O fator experi�ncia � um elemento relevante para melhorar a gest�o em cada uma das �reas do governo", acrescentou.
O ex-vice-secret�rio de Rela��es Exteriores do primeiro governo de Michelle Bachelet (2006-2010) e representante do Chile na Corte Internacional de Justi�a de Haia, Alberto van Klaveren, substituir� a ex-chanceler Antonia Urrejola.
Urrejola estava no cargo desde o in�cio do governo. Este ano, sua gest�o foi marcada pela marca deixada pelo Chile em mat�ria de pol�tica externa, pela qual Boric n�o hesitou em classificar como "ditadura" o governo de Daniel Ortega na Nicar�gua, al�m de fazer duras cr�ticas ao presidente venezuelano, Nicol�s Maduro.
Mas alguns problemas na chancelaria, como o vazamento de um �udio em que o embaixador argentino no Chile � descrito em termos pejorativos, selaram a sa�da de Urrejola.
O Minist�rio de Obras P�blicas ficar� a cargo de Jessica L�pez, ex-presidente do Banco Estado, enquanto o ex-jogador de futebol Jaime Pizarro assumir� a pasta de Esportes. A advogada Ais�n Etcheverry ir� chefiar o Minist�rio das Ci�ncias e o ex-diretor de Televis�o Nacional Jaime de Aguirre ir� liderar a Cultura.
A advogada Ais�n Etcheverry ficar� a cargo do Minist�rio das Ci�ncias.
SANTIAGO