Chakwera viajou para Blantyre, capital econ�mica do sul e epicentro da cat�strofe, onde assistiu a uma cerim�nia pelas v�timas do desastre.
"Isso � uma trag�dia nacional. Fa�o um pedido aos s�cios e doadores internacionais para que prestem mais ajuda diante da destrui��o e dos danos causados pelo ciclone tropical Freddy", insistiu.
Dezenas de enlutados participaram de uma manifesta��o em uma escola do munic�pio de Chilobwe, pr�ximo � Blantyre.
Freddy tamb�m atingiu duas vezes o vizinho Mo�ambique, onde foi registrado um balan�o provis�rio de 21 mortos.
O excepcionalmente longevo ciclone j� havia atingido o sul da �frica no final de fevereiro, matando 17 pessoas, antes de retornar no in�cio de mar�o.
Com ventos menos potentes, por�m com chuvas torrenciais, o ciclone provocou fortes inunda��es e deslizamentos de terra mortais no Malawi, onde foi declarado estado de cat�strofe.
O governo deslocou a pol�cia e o ex�rcito, enquanto dezenas de pessoas seguem desaparecidas.
O presidente Chakwera prometeu "intensificar" as buscas.
Mais de 88.300 pessoas ficaram sem casas. Escolas e igrejas se converteram em ref�gios de emerg�ncia. Foram abertos 165 centros de acolhida.
Uma dezena de instala��es sanit�rias se viram afetadas pela destrui��o. Com as pontes derrubadas e o n�vel da �gua ainda alto em alguns lugares, as opera��es de resgate se tornam dif�ceis.
Sobreviventes foram encontrados em �rvores e telhados.
Em sua audi�ncia semanal na Pra�a S�o Pedro, nesta quarta, o papa Francisco orou pelas v�timas do ciclone.
"Rezo pelos falecidos, feridos e desalojados. Que o senhor sustente as fam�lias e comunidades mais afetadas por esta calamidade", disse.
Hoje, mercados e lojas reabriram cedo em Chilobwe.
Daud Chitumba, um motorista de micro-�nibus de 27 anos, disse que tinha que trabalhar para alimentar sua fam�lia. "Tenho duas filhas pequenas e obriga��es. Temos que reconstruir nossas vidas", explicou.
Nos �ltimos dias, ocorreram chuvas torrenciais que provocaram inunda��es e deslizamentos de terra mortais. Nesta quarta, pela manh�, as precipita��es pararam.
Dois dias atr�s, moradores de Chilobwe, fam�lias e socorristas escavavam no barro, �s vezes, com as m�os, em busca de um ente querido ou, ao menos, de seus cad�veres.
"H� mortos por toda parte (...) todo o mundo perdeu algu�m", lamentou Fadila Njolomole, de 19 anos.
BLANTYRE