"Esperamos que o balan�o dos danos e mortos aumente � medida que novas �reas se tornem acess�veis", declarou o presidente do Malau�, Lazarus Chakwera, que est� h� tr�s dias visitando �reas afetadas pelo temporal. O pa�s decretou duas semanas de luto nacional e estado de emerg�ncia.
O Escrit�rio de Coordena��o de Assuntos Humanit�rios da ONU (Ocha) afirmou em sua �ltima atualiza��o que o ciclone "se reduziu a uma zona de baixa press�o e se dissipou por completo em 15 de mar�o".
O equivalente a seis meses de chuva caiu no sul do pa�s em um intervalo de seis dias, o que provocou inunda��es e deslizamentos de terra. "Mais de 500 mil pessoas foram afetadas desde 12 de mar�o", segundo o Ocha. Cerca de 180 mil pessoas de uma popula��o de quase 20 milh�es de habitantes perderam suas casas.
Autoridades montaram mais de 300 abrigos para as v�timas e mobilizaram o Ex�rcito e a pol�cia para administrar a crise. A destrui��o ainda dificulta a chegada de ajuda e equipamentos humanit�rios, alertou o Programa Mundial de Alimentos (PAM).
O ciclone Freddy, que est� no caminho de se tornar uma das tempestades tropicais mais longas do mundo, tamb�m deixou 86 mortos em Mo�ambique e 17 na ilha de Madagascar.
O fen�meno clim�tico atingiu inicialmente o sul da �frica no fim de fevereiro, mas afetou, principalmente, Madagascar e Mo�ambique, e causou danos limitados no Malau�, localizado no interior do continente. Segundo meteorologistas, sua dura��o excepcional e outras caracter�sticas do ciclone est�o ligadas �s mudan�as clim�ticas.
Mais de 280 mil crian�as precisam com urg�ncia de ajuda humanit�ria, alertou a porta-voz do Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef) Fungma Fudong. "Existe um risco de que o surto de c�lera atual se agrave, uma vez que as crian�as s�o as mais vulner�veis a essa crise", disse Fungma � AFP.
BLANTYRE