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Estado de Minas SANTO DOMINGO

Cr�dito, fome e migra��o dominam agenda da C�pula Ibero-Americana


22/03/2023 22:30

A C�pula Ibero-Americana come�a nesta sexta-feira (24), na Rep�blica Dominicana, com uma agenda focada na economia, em meio �s previs�es sinistras para a regi�o, que busca mais financiamento e apoio para enfrentar uma crise migrat�ria e outra alimentar.

Quatorze dos 22 chefes de Estado e de governo convocados � reuni�o em Santo Domingo j� confirmaram presen�a. A c�pula ser� conclu�da no s�bado, com a publica��o de uma declara��o conjunta.

O primeiro a chegar foi o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. "� uma honra [...]. � a primeira viagem oficial de um presidente portugu�s � Rep�blica Dominicana", disse o chefe de Estado em uma breve declara��o no aeroporto Las Am�ricas, ap�s aterrissar na noite desta quarta e ser recebido pelo chanceler anfitri�o, Roberto �lvarez.

O meio ambiente, o com�rcio e a lacuna digital tamb�m ser�o temas abordados, assim como a situa��o no Haiti, muito sens�vel para a Rep�blica Dominicana, pa�s com o qual divide a Ilha de S�o Domingos, no Mar do Caribe.

A reuni�o retorna ao formato presencial ap�s a c�pula de Andorra, em abril de 2021, que teve assist�ncia majoritariamente virtual pela covid-19.

E se nessa �poca o foco eram vacinas e a luta contra o v�rus, agora � a crise econ�mica causada pela pandemia e agravada pela invas�o russa da Ucr�nia.

O chanceler dominicano disse que a declara��o que os pa�ses v�o assinar "cont�m principalmente trabalhos em rela��o � inclus�o de uma carta digital, uma carta ambiental" e "um caminho cr�tico de seguran�a alimentar".

O custo de uma alimenta��o saud�vel na Am�rica Latina e Caribe � o mais alto do mundo - US$ 3,89 por dia por pessoa (cerca de R$ 20) - e inacess�vel para 22,5% de sua popula��o, segundo dados da ONU.

Al�m disso, ser�o apresentados trabalhos sobre "o acesso ao financiamento para pa�ses de renda m�dia", no momento em que "as taxas de juros est�o sufocando nossos pa�ses", acrescentou o chanceler.

No domingo, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) previu um 2023 "dif�cil", com crescimento de apenas 1% para a Am�rica Latina e o Caribe.

- 'Di�logo privado' -

O presidente da Col�mbia, Gustavo Petro; o do Chile, Gabriel Boric; e o de Cuba, Miguel D�az-Canel, est�o entre os chefes de Estado confirmados, junto com o paraguaio Mario Abdo Ben�tez, o boliviano Luis Arce, o equatoriano Guillermo Lasso, a hondurenha Xiomara Castro e o costarriquenho Rodrigo Ch�ves. O rei Felipe VI e o chefe do governo espanhol, Pedro S�nchez, tamb�m confirmaram presen�a.

Luiz In�cio Lula da Silva, por sua vez, ser� representado pelo chanceler Mauro Vieira, enquanto o presidente mexicano, Andr�s Manuel L�pez Obrador, enviar� o subsecret�rio para a Am�rica Latina e o Caribe, Maximiliano Reyes.

Tampouco estar� presente Dina Boluarte, presidente do Peru, investigada pela repress�o aos protestos que eclodiram com a destitui��o de seu antecessor, Pedro Castillo.

�lvarez indicou que haver� espa�o para "um di�logo privado entre todos os mandat�rios [...] sem uma agenda pr�-estabelecida".

H� d�vidas sobre o comparecimento do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, e do nicaraguense Daniel Ortega, ambos criticados por seu crescente autoritarismo e viola��es dos direitos humanos. E tamb�m do venezuelano Nicol�s Maduro, que foi tema de um debate acalorado na c�pula da Andorra, onde muitos dignit�rios n�o o reconheceram por sua pol�mica reelei��o em 2018.

Isso mudou com a chegada da esquerda ao poder em muitos dos pa�ses que apostavam pela queda de Maduro, come�ando por Iv�n Duque, sucedido por Petro na Col�mbia, que restituiu as rela��es com a Venezuela. Algo similar ocorreu no Brasil, Equador, Peru e Honduras.

A c�pula "� mais uma oportunidade para a Venezuela normalizar sua posi��o no cen�rio internacional [...], ser mais um no concerto das na��es e deixar para tr�s a crise de legitimidade que marcou sua pol�tica externa", disse � AFP o especialista venezuelano em rela��es internacionais, Iv�n Rojas.

- Migra��o e Haiti -

A migra��o ser� o tema mais quente da c�pula, em uma regi�o com fortes fluxos de migrantes h� anos. Venezuelanos, haitianos, cubanos, centro-americanos e mexicanos que querem fugir da pobreza e da falta de oportunidades em seus pa�ses.

"O caso do Haiti vai provavelmente entrar na declara��o final, mas isso ainda n�o est� definido", disse Rub�n Sili�, vice-ministro-dominicano de Pol�tica Externa Multilateral. "N�o podemos impor a agenda", frisou.

Desde que chegou ao poder em 2020, o presidente da Rep�blica Dominicana, Luis Abinader, vem endurecendo suas pol�ticas migrat�rias em rela��o ao Haiti, o pa�s mais pobre das Am�ricas e controlado pelo crime organizado.

O presidente dominicano ordenou a constru��o de um muro em trechos da fronteira de 380 km entre Haiti e Rep�blica Dominicana e, no ano passado, deportou mais de 170.000 haitianos, o que lhe rendeu cr�ticas da comunidade internacional.


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