"A mam�e n�o soube por muito tempo", contou a jovem � AFP, sentada ao lado de seu pai, Ivan Sinchin, em um banco em Drujkivka, cidade onde ela cuida de soldados ucranianos feridos.
"No come�o, n�o contamos nada a ela para que ela n�o chorasse", diz, Mas assim que soube, a m�e ficou tranquila ao saber que pai e filha estavam juntos.
Marta se alistou sete meses antes da invas�o russa � Ucr�nia.Desde 2014, o leste do pa�s � palco de um conflito contra separatistas pr�-R�ssia liderados por Moscou, mas na �poca ela lidava apenas com alguns feridos por m�s. Atualmente, afirma atender a um n�mero incalcul�vel.
A enfermeira de 25 anos seguiu o exemplo da m�e nos estudos m�dicos, e obteve sua forma��o como parteira.
"Antes, meu trabalho era ajudar uma vida a nascer, agora � salv�-la", afirmou.
Embora o casal tenha orgulho da filha, Ivan n�o acredita que a esposa aceite que o filho de 18 anos tamb�m se aliste.
"J� somos muitos no ex�rcito", diz o homem de 48 anos, que serviu por mais de sete anos e cujo irm�o tamb�m se juntou � luta ap�s a invas�o.
Marta conta que n�o s�o a �nica fam�lia na mesma situa��o, listando um pai e um filho que lutam juntos na linha de frente, uma m�e e os dois filhos que trabalham como motoristas e outra enfermeira cujo pai e irm�o fazem parte de um batalh�o de infantaria.
- Alguns morrem juntos -
Oleg Khomiuk e seu filho Mikita, se alistaram ao ex�rcito logo ap�s a invas�o. Ambos foram mortos em uma trincheira perto da cidade sitiada de Bakhmut.
Oleg protegeu seu filho com o pr�prio corpo durante um ataque, mas um proj�til explodiu perto dele, matando os dois, disse seu irm�o, Yuri Samson, durante o funeral em Kiev.
O Minist�rio da Defesa ucraniano publicou no Twitter uma foto dos dois homens, lado a lado, armados e uniformizados, com a legenda: "Morreram juntos".
Volodimir Tchaikovsky, um soldado ucraniano de 54 anos, tenta n�o pensar na morte. Ele serve na mesma brigada de seu filho de 25 anos, que tamb�m se chama Volodimir.
"Claro que estou preocupado com meu filho", diz. "Mas ele tem experi�ncia. Tudo depende de voc� e do seu treinamento. Depois � uma quest�o de sorte militar", completa.
Com anos de servi�o, o pai foi convocado em 2015 no anivers�rio de seu filho para lutar contra os separatistas apoiados por Moscou.
No ano passado, ele retornou como comandante de um batalh�o de tanques.
Este ano, ele e seu filho se reuniram para comemorar seu anivers�rio, deixando momentaneamente o campo de batalha para tomar um caf�.
"N�o � sobre realmente comemorar o anivers�rio. O essencial � nos vermos, n�o sermos soldados por um tempo e poder conversar sobre quest�es civis", enfatiza o pai.
Para seu filho, estar na mesma brigada "d� mais tranquilidade" porque eles sabem onde o outro est� e qual � a situa��o.
"N�o sei quanto tempo mais a guerra vai durar", acrescenta o pai. "Mas temos que acabar com isso de uma vez por todas para n�o deixar problemas para o meu filho mais novo", conclui.
DRUZHKOVKA