A medida foi tomada por decreto nesta quinta-feira (23) e alcan�a, em uma primeira fase, cerca de 4 bilh�es de d�lares (aproximadamente R$ 21 bilh�es) em t�tulos.
"De maneira sustent�vel, o Estado vai ganhar capacidade de atua��o nos mercados do d�lar financeiro, o que permitir� evitar aumentos disruptivos", afirmou o vice-ministro de Economia, Gabriel Rubinstein, em mensagem no Twitter.
Com essa decis�o, busca-se "fortalecer a ordem macroecon�mica" quando a Argentina atravessa um cen�rio dif�cil pela falta de divisas, em um ano excepcional de seca que compromete as exporta��es agropecu�rias, a principal fonte de d�lares para o pa�s.
Desde 2019, a Argentina mant�m um sistema de controle de c�mbio e estabeleceu, em janeiro de 2022, a restrutura��o de uma d�vida de 44 bilh�es de d�lares (cerca de R$ 230 bilh�es no c�mbio atual) com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), obrigando o pa�s a fortalecer suas reservas.
Segundo o �ltimo balan�o do Banco Central, as reservas internacionais brutas totalizam 37,6 bilh�es de d�lares (quase R$ 200 bilh�es), mas o n�vel de reservas l�quidas � bastante inferior, segundo analistas, se os requisitos de reservas banc�rias e um swap com a China forem descontados.
Nesse contexto, o governo tem como objetivo com as novas medidas "continuar reduzindo os prov�veis super�vits monet�rios, estabilizando o mercado de c�mbio e fortalecendo o financiamento dos cofres p�blicos, abrindo caminho para o cumprimento do programa financeiro de 2023", diz um dos decretos.
Essas medidas "permitir�o contar com maior disponibilidade para, caso seja necess�rio, estabilizar os mercados, absorver poss�veis excedentes monet�rios e seguir combatendo a infla��o" que foi de 94,8% em 2022 e superou 100% em 12 meses em fevereiro, e � um dos principais obst�culos do governo de Alberto Fern�ndez.
BUENOS AIRES