H� 30 anos, pesquisadores descobriram que armadilhas � base de glicose, na forma de a��car, n�o funcionavam mais como antes.
A barata alem� (Blattella germanica), uma esp�cie pequena e muito resistente encontrada com frequ�ncia nas cozinhas e banheiros, come�ou a desenvolver estrat�gias como a modifica��o de seu pr�prio metabolismo para escapar da morte, embora o novo comportamento tenha colocado em risco seus pr�prios h�bitos reprodutivos.
De acordo com o estudo da revista Proceedings B, da British Royal Society, os machos alteraram o seu ritual de acasalamento para atrair as f�meas que possam ter desenvolvido uma avers�o � glicose.
At� ent�o, eles secretavam um l�quido � base de maltose, uma esp�cie de a��car, para atrair a f�mea � sua concha, momento que encaixavam seu aparelho reprodutor ao de sua parceira.
Diante do problema, as baratas macho agora produzem um l�quido que cont�m cinco vezes menos glicose e duas vezes e meia mais maltotriose, mistura suficiente para atrair as f�meas. Al�m disso, aceleraram o tempo de c�pula, que agora dura em m�dia 2,2 segundos, quase duas vezes mais r�pido que antes.
Com esse truque, a f�mea � fecundada antes mesmo de transformar parte do suco nupcial em glicose e, portanto, antes de sentir repulsa pelo macho, explica Ayako Katsumata, pesquisadora do Laborat�rio de Entomologia Urbana da Universidade de Raleigh, nos Estados Unidos.
Mas esta evolu��o comportamental n�o foi adotada por todos os machos. Aqueles que continuam secretando a��car t�m dificuldade na hora do acasalamento.
A mudan�a tamb�m impactou a ind�stria de produtos inseticidas, que agora busca uma nova forma de atrair baratas com avers�o � glicose.
PARIS