Essas mulheres "s�o essenciais" para as opera��es humanit�rias da ONU, por isso a "aplica��o dessa decis�o vai afetar a popula��o afeg�", que, em boa parte, depende dessa assist�ncia", acrescentou St�phane Dujarric.
A ONU anunciou, na ter�a-feira (4), que o governo talib� proibiu as mulheres de trabalharem para a organiza��o em todo o pa�s. Segundo o coordenador de ajuda humanit�ria da ONU no Afeganist�o, Ramiz Alakbarov, a proibi��o vai "contra a Carta das Na��es Unidas" e "viola" os direitos da mulher.
Segundo a ONU, das 3.900 pessoas que trabalham para as Na��es Unidas no Afeganist�o, aproximadamente 600 s�o mulheres, sendo 400 afeg�s.
Ainda de acordo com o organismo, aproximadamente 23 milh�es de pessoas dependem de ajuda humanit�ria no pa�s, que vive uma das piores crises humanit�rias do planeta.
"Na hist�ria das Na��es Unidas, nenhum outro regime tentou proibir as mulheres de trabalharem para a organiza��o pelo simples fato de serem mulheres", declarou, por sua vez, a chefe da Miss�o de Assist�ncia das Na��es Unidas no Afeganist�o (Manua), Rosa Otounba�eva.
Desde sua volta ao poder, em agosto de 2021, os talib�s imp�em uma interpreta��o rigorosa do isl�, como j� haviam feito antes de serem expulsos do comando do pa�s h� duas d�cadas. Por isso, multiplicaram as medidas para cercear os direitos das mulheres, que foram proibidas de frequentares col�gios e universidades.
Elas tamb�m foram exclu�das de muitos empregos p�blicos ou recebem sal�rios muito baixos. N�o podem viajar sem a companhia de um familiar masculino e devem cobrir totalmente seus corpos quando est�o em espa�os p�blicos.
A medida que afetou a ONU j� havia sido tomada contra as ONGs em 24 de dezembro de 2022.
"In�meros doadores e contribuintes" suspenderam o financiamento aos programas de ajuda para o Afeganist�o, advertiu Alakbarov.
At� o momento, o programa de ajuda da ONU para 2023 arrecadou apenas entre "3% e 4%" do previsto, informou.
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