Chirinos, preso em fevereiro de 2020 e condenado em fevereiro de 2021 juntamente com o tamb�m gerente Aryenis Torrealba, disse que foi torturado por agentes da Dire��o de Contraintelig�ncia Militar (DGCIM), ap�s denunciar "corrup��o" na companhia Petr�leos de Venezuela (PDVSA), em uma entrevista ao jornalista Vladimir Villegas, divulgada nas redes sociais.
As declara��es ocorrem em meio �s opera��es especiais contra a corrup��o que levaram 51 pessoas para a cadeia nos �ltimos dias, 34 delas vinculadas a tramas de corrup��o na PDVSA, segundo um balan�o anunciado, nesta quarta-feira, pelo procurador-geral, Tarek William Saab, em coletiva de imprensa.
"H� pessoas que julgam: como � que os trabalhadores da PDVSA n�o denunciaram a corrup��o? Como v�o denunciar se dois que denunciaram em 2020 acabaram presos e torturados nas celas da DGCIM?", explicou Chirinos na entrevista.
"Queimaram o meu rosto. Chutaram as minhas costelas", acrescentou.
Grupos de ativistas vinculados ao chavismo tamb�m defenderam a "inoc�ncia" de ambos.
Ap�s a den�ncia, no entanto, o procurador Saab confirmou, nesta quarta, em um comunicado, que Chirinos e Torrealba foram condenados por "divulgar informa��o confidencial da ind�stria petroleira da Venezuela" e atuar "como agentes a servi�o de uma pot�ncia estrangeira".
Saab disse que a liberta��o se deu ap�s o "cumprimento da pena".
"� falso que conseguiram a liberdade por serem inocentes", acrescentou. "No Minist�rio P�blico n�o h� nenhum documento apresentado por Alfredo Chirinos e Aryenis Torrealba por crimes de corrup��o supostamente denunciados por eles".
O governo venezuelano afirmou na �poca que a informa��o divulgada pelos ex-gerentes foi usada por Washington ao impor seu pacote de san��es financeiras contra a Venezuela e a PDVSA para tentar for�ar, sem sucesso, a sa�da do presidente chavista Nicol�s Maduro.
CARACAS