Entre a multid�o, com muitas fam�lias com crian�as, tamb�m estava o ministro de Seguran�a Nacional, de extrema direita, Itamar Ben Gvir, que declarou que "a resposta ao terrorismo � construir" col�nias.
Cerca de 475.000 judeus moram em assentamentos na Cisjord�nia, territ�rio palestino ocupado por Israel desde 1967, onde vivem 2,9 milh�es de palestinos.
Todas as col�nias israelenses s�o consideradas ilegais pelo direito internacional, mas Israel faz distin��o entre os assentamentos aprovados por autoridades e os estabelecidos por seus cidad�os sem a permiss�o do governo.
A marcha desta segunda-feira seguiu para Eviatar, uma col�nia constru�da em maio de 2021 sem a aprova��o do Estado e que os moradores aceitaram evacuar alguns meses depois enquanto as autoridades analisavam sua autoriza��o.
Israelenses de todas as idades, tamb�m muitos homens armados, participaram do protesto.
Agentes bloquearam rodovias para preservar a seguran�a, o que obrigou o fechamento de escolas, segundo autoridades palestinas.
"Creio que a �nica solu��o para todos estes problemas � nos instalarmos aqui", em Eviatar, disse Rivka Katzir, de 74 anos, procedente da col�nia de Elkan.
"Se houver um novo assentamento que pretendemos desenvolver, iremos at� l�", declarou esta mulher � AFP, com uma bandeira israelense atada a um de seus bast�es de marcha.
"Com a ajuda de Deus, legalizaremos outras dezenas" de assentamentos, disse aos manifestantes Ben Gvir, ele mesmo morador de uma col�nia.
- "Apoiar o povo" -
A implanta��o da col�nia de Eviatar havia provocado uma onda de manifesta��es de palestinos, especialmente no povoado pr�ximo de Beita, onde v�rios morreram em enfrentamentos com o Ex�rcito israelense.
Na segunda-feira, alguns locais mostraram bandeiras palestinas e lan�aram pedras contra os soldados, que responderam com g�s lacrimog�neo.
Segundo o Crescente Vermelho da Palestina, os servi�os m�dicos atenderam 216 pessoas, a maioria por inala��o de g�s lacrimog�neo e 22 por les�es com balas de borracha.
Em Eviatar, centenas de homens judeus oravam juntos, enquanto as crian�as brincavam em um ambiente festivo.
Para Rina Cohen, procedente de Jerusal�m, o ato foi um "sucesso". "Queremos apoiar o povo porque (...) suas casas foram destru�das", assegurou � AFP esta mulher de 22 anos junto a seu marido.
Esta concentra��o ocorreu em um contexto de tens�o na regi�o, ap�s a brutal invas�o, na semana passada, das for�as israelenses da mesquita Al-Aqsa de Jerusal�m, em pleno Ramad�, uma opera��o que impulsionou uma onda de viol�ncia.
At� agora neste ano, o conflito israelense-palestino j� tirou a vida de ao menos 94 palestinos, 19 israelenses, uma ucraniana e um italiano, segundo um balan�o da AFP com base em fontes oficiais.
Por�m, os manifestantes de Eviatar n�o pareciam amedrontados com o aumento da viol�ncia. "O terror n�o nos assusta", disse Ezri Tobe, de 52 anos, um habitante da col�nia Yitzhar, perto de Nablus.
"O que nos motiva s�o os milhares de anos de hist�ria", explicou. N�s, israelenses, estamos nos manifestando para dizer ao governo que 'estamos aqui para ficar'", lan�ou.
BEITA