Quando estava prestes a fazer um pronunciamento sobre o futuro da Europa, Macron foi interrompido por gritos.
Das arquibancadas, manifestantes entoavam "onde est� a democracia francesa?" e "a conven��o do clima n�o � respeitada". Eles tamb�m carregavam uma faixa com a frase "Presidente da Viol�ncia e Hipocrisia" em ingl�s.
O mandat�rio franc�s enfrenta uma onda de protestos contra a reforma da Previd�ncia em seu pa�s, onde busca aumentar a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos.
Durante seu discurso, que durou cerca de 30 minutos, Macron defendeu uma maior autonomia econ�mica da Europa e insistiu na necessidade de refor�ar a competitividade do continente por meio de reformas.
Ele tamb�m abordou a falta de competitividade no setor industrial, que descreveu como "tabu".
"Precisamos dessa pol�tica industrial, porque nossos concorrentes interferem no mercado" europeu, enfatizou, pedindo um aumento dos subs�dios.
O presidente franc�s defendeu recentemente a "autonomia estrat�gica" da Uni�o Europeia frente � China e aos Estados Unidos, ap�s uma viagem a Pequim.
Suas declara��es geraram pol�mica e obrigaram um de seus amigos pr�ximos, o eurodeputado St�phane S�journ�, a refor�ar que a Fran�a n�o permaneceu "equidistante" entre Pequim e Washington, mas "obviamente" � aliada dos Estados Unidos.
Nos Pa�ses Baixos para uma visita de Estado de dois dias, Macron e sua esposa, Brigitte, foram recebidos com honras militares e hinos nacionais nesta manh�, no Pal�cio Real de Amsterd�, pelo rei, Willem-Alexander, e sua esposa, M�xima.
Ap�s a recep��o e um almo�o privado, o casal real ofereceu um jantar de Estado ao presidente franc�s.
"Reformar n�o � f�cil", disse o monarca neerland�s durante o brinde. "Para n�s, para a Europa e para o mundo inteiro, � vital que a Fran�a seja forte, pr�spera e confiante", acrescentou.
Sua passagem pelo pa�s, logo ap�s retornar de Pequim, marca a aproxima��o das rela��es da Fran�a com os Pa�ses Baixos. Macron tem um bom relacionamento pessoal com o primeiro-ministro neerland�s, Mark Rutte.
Os pa�ses do Leste Europeu, que permanecem muito pr�ximos � Otan e � prote��o dos Estados Unidos, olham com desconfian�a para este movimento, enquanto Paris insiste em que ele � complementar � Alian�a Atl�ntica.
AMSTERD�