Os pre�os em todo o mundo subiram desde a r�pida reabertura da economia global, depois dos fechamentos provocados pela pandemia de covid-19. A infla��o continuou subindo, alimentada pela invas�o russa � Ucr�nia, no ano passado, que causou picos de pre�os das mat�rias-primas.
"A infla��o ainda nos acompanha", disse Gourinchas durante uma entrevista em Washington, pouco depois de o FMI elevar a 7% sua previs�o de infla��o para este ano.
Apesar de uma campanha veemente e concertada dos bancos centrais para frear a disparada dos pre�os com o aumento dos juros, a infla��o, em muitos pa�ses, permanece bem acima dos 2%, meta estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano, assim como os de outros pa�ses.
"Particularmente, a infla��o subjacente n�o come�ou a diminuir significativamente para a meta", disse Gourinchas, em rela��o aos pre�os dos alimentos e da energia. "Provavelmente, n�o ir� acontecer antes do fim de 2024, talvez em 2025", acrescentou.
A persist�ncia da infla��o subjacente significa que os bancos centrais teriam que manter suas taxas de juros mais elevadas por mais tempo, afirmou. Uma decis�o como esta adicionaria press�o a um sistema financeiro j� afetado pelo colapso dram�tico do banco californiano Silicon Valley Bank (SVB), no m�s passado.
� queda do SVB seguiram-se a de outros bancos regionais americanos e a fus�o, sob press�o, do banco de investimentos su��o Credit Suisse em favor de seu concorrente, UBS.
Gourinchas disse que a "interven��o muito contundente", por parte do Fed, do Banco Nacional Su��o e de outros ajudou a conter os desafios imediatos provocados pela queda do SVB, mas alertou que ainda restam desafios potenciais. "Estamos em uma situa��o onde h� n�veis elevados de nervosismo no mercado", afirmou.
Um setor que preocupa � o imobili�rio, em parte devido � retomada lenta do trabalho em escrit�rios em v�rias cidades do mundo no p�s-pandemia.
Gourinchas advertiu que deve haver outras institui��es financeiras, como o SVB, expostas demais aos riscos das taxas de juros, o que poderia causar problemas se estas se mantiverem altas, enquanto os bancos centrais combatem a infla��o.
Pa�ses sem as ferramentas fiscais para ajudar no combate � infla��o tamb�m sofrem, ressaltou Gourinchas. "A gente deveria ser muito vigilante para assegurar que os locais fr�geis sejam refor�ados e fortalecidos", concluiu.
UBS GROUP AG
CREDIT SUISSE GROUP
WASHINGTON