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Estado de Minas ABU DHABI

Lula faz escala comercial nos Emirados, ap�s visita � China com tom geopol�tico


15/04/2023 17:11

O presidente Luiz In�cio Lula da Silva chegou a Abu Dhabi, capital dos Emirados �rabes Unidos (EAU), neste s�bado (15), vindo da China, onde buscou refor�ar os la�os diplom�ticos e econ�micos com a pot�ncia asi�tica, cada vez mais confrontada com os Estados Unidos.

Lula foi recebido pelo xeque Mohammed ben Zayed al Nahyan, presidente deste pa�s da Pen�nsula Ar�bica, rico em hidrocarbonetos.

Sua chegada ao pal�cio presidencial foi saudada com uma salva de 21 tiros de canh�o.

� noite, Lula assistir� a um iftar, a ceia que marca o fim do jejum diurno durante o ramad�, o m�s sagrado dos mu�ulmanos, e no domingo pela manh� deve dar uma coletiva de imprensa antes de viajar de volta ao Brasil.

Durante a visita, ser�o discutidos "temas de agenda bilateral, incluindo com�rcio, investimentos, transi��o energ�tica, mudan�as clim�ticas e seguran�a global", informou o Itamaraty em um comunicado.

"Desde 2008, os EAU est�o entre os tr�s principais parceiros do Brasil no Oriente M�dio" e em 2022 "foi o principal destino das exporta��es brasileiras entre os pa�ses �rabes", acrescentou a nota.

O com�rcio entre o pa�s da Pen�nsula Ar�bica e o Brasil somou, em 2022, US$ 5,768 bilh�es (em torno de R$ 30 bilh�es na cota��o da �poca) - um aumento de 74,5% em rela��o ao ano anterior, com um super�vit de US$ 740 milh�es (R$ 3,8 bilh�es, aproximadamente) a favor do Brasil, segundo dados oficiais brasileiros.

Dos US$ 3,254 bilh�es (cerca de R$ 16 bilh�es) faturados, o principal produto de exporta��o brasileiro foi a carne de frango (29% do total), seguido de a��car (14%), ouro (14%), celulose (8,2%) e carne bovina (8%).

J� nas importa��es, 89% do valor total correspondeu � compra de petr�leo e materiais betuminosos, derivados de hidrocarbonetos.

- Cr�ticas aos EUA por conflito na Ucr�nia -

Em Pequim, o presidente anunciou que o Brasil "est� de volta" � geopol�tica mundial, ap�s os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), caracterizados por um afastamento do cen�rio internacional.

Lula, que aspira fazer parte de uma media��o de paz entre a R�ssia e a Ucr�nia, pediu aos Estados Unidos que parem de "incentivar a guerra".

Diferentemente das pot�ncias ocidentais, nem China nem Brasil impuseram san��es � R�ssia e tentam se posicionar como mediadores para alcan�ar a paz, pondo fim ao conflito, iniciado quando os russos invadiram a ex-rep�blica sovi�tica.

Os Emirados �rabes, que tamb�m adotaram uma postura de neutralidade frente ao conflito, receberam um n�mero significativo de empres�rios russos, sobretudo em Dubai, buscando evitar as san��es ocidentais.

Antes de iniciar este giro ao Oriente, Lula afirmou que ao voltar ao Brasil pretendia formar um grupo de pa�ses para trabalhar em uma solu��o negociada para o conflito.

Mas o projeto n�o parece ter gerado muito entusiasmo por enquanto.

"� preciso ter paci�ncia para conversar com o presidente da R�ssia, Vladimir Putin. � preciso ter paci�ncia para conversar com o presidente da Ucr�nia, Volodimir Zelensky", disse Lula.

"Mas � preciso, sobretudo, convencer os pa�ses que est�o fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem", frisou.

- Sem "arranh�es" com os EUA -

Lula tem realizado um delicado exerc�cio de equil�brio geopol�tico entre os Estados Unidos e a China, duas pot�ncias confrontadas em um n�mero crescente de temas, incluindo o das tens�es entre Pequim e a ilha de Taiwan.

Em fevereiro, Lula foi recebido na Casa Branca por Joe Biden, e ambos se apresentaram como defensores dos valores democr�ticos e ambientais.

Neste s�bado, antes de deixar a China, Lula disse estar confiante em que esse fortalecimento das rela��es entre Bras�lia e Pequim "n�o � capaz de criar nenhum arranh�o" com os Estados Unidos.

"N�s n�o precisamos romper e brigar com ningu�m para que a gente melhore. O Brasil tem que procurar os seus interesses, ir atr�s daquilo que necessita. O Brasil tem que fazer acordos poss�veis com todos os pa�ses", defendeu.

O presidente Xi, por sua vez, garantiu ao brasileiro que o desenvolvimento da economia chinesa "abrir� novas oportunidades para o Brasil e para os pa�ses de todo o mundo", segundo nota divulgada pelo Minist�rio das Rela��es Exteriores da China.

"Em seu terceiro mandato, Lula parece manter uma abordagem das rela��es internacionais semelhante � de seus dois primeiros mandatos [2003-2010]", com uma "pol�tica externa independente e pragm�tica", disse Lian Lin, analista da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU).

Mas o desafio n�o ser� simples, em um "ambiente pol�tico (...) muito mais polarizado, que colocar� sob escrut�nio cada uma das suas iniciativas", acrescentou.

"Achamos que a habilidade pol�tica de Lula permitir� que ele navegue com sucesso por essas �guas agitadas, mas n�o ser� f�cil", concluiu.

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