Na manh� desta segunda-feira (17), 36 horas ap�s a trag�dia, as autoridades estaduais e locais ainda n�o haviam divulgado nenhum detalhe sobre um poss�vel suspeito ou suspeitos, o motivo dos disparos, as identidades e idades das v�timas ou como elas morreram.
As autoridades n�o informaram se prenderam algum suspeito ou se os atiradores seguem em liberdade ou morreram no tiroteio de s�bado � noite que acabou com a tranquilidade de Dadeville, uma comunidade muito unida de cerca de 3.000 habitantes ao nordeste da capital Montgomery.
O sargento Jeremy Burkett, porta-voz da Ag�ncia de Execu��o da Lei do Alabama (ALEA), confirmou aos jornalistas o n�mero de mortos e feridos e acrescentou que algumas v�timas permaneciam em estado cr�tico.
"Garanto que estamos fazendo tudo que � poss�vel" para avan�ar na investiga��o, disse Burkett � AFP nesta segunda-feira (17).
No entanto, durante duas coletivas de imprensa no domingo, as autoridades forneceram poucas informa��es e n�o responderam perguntas, enquanto Burkett indicou que os investigadores estavam entrevistando testemunhas.
"N�o vamos nos apressar para o fracasso", afirmou. "Esta tamb�m � uma situa��o muito vari�vel", acrescentou Burkett, enquanto implorava aos moradores que fornecessem informa��es que possam esclarecer o que aconteceu.
"N�o posso enfatizar o suficiente: necessitamos absolutamente que compartilhem", alertou o oficial.
O presidente americano Joe Biden, que h� muito tempo busca medidas de seguran�a mais rigorosas para as armas de fogo, interveio no domingo para oferecer suas condol�ncias e condenar a viol�ncia armada "indignante e inaceit�vel" contra crian�as.
De acordo com funcion�rios do hospital, a maioria dos baleados era adolescente e, segundo testemunhas, as v�timas estavam em uma festa de anivers�rio de "Sweet 16" - semelhante � comemora��o dos 15 anos das meninas na Am�rica Latina -, realizada em um sal�o alugado na pra�a da cidade.
- "Vi sangue saindo do meu bra�o" -
Centenas de moradores se reuniram no domingo � noite em frente a uma igreja de Dadeville para uma vig�lia, em que as pessoas se consolaram e fizeram ora��es.
Taniya Cox participou do evento com uma camisola hospitalar e um bra�o engessado depois de receber tratamento para dois ferimentos a bala, segundo o jornal Montgomery Advertiser.
"A m�e disse que quem tinha armas tinha que sair e eles n�o sa�ram, e cinco minutos depois come�aram os tiros", contou a v�tima, citada pelo The Advertiser.
"N�o sabia o que estava acontecendo, s� vi sangue saindo do meu bra�o", acrescentou.
Cox disse que depois dos disparos iniciais, voltou ao local e viu "outros atiradores". "Disseram para eu sair do caminho ou atirariam", lembrou.
A frustra��o devido ao hermetismo da pol�cia parecia crescer. "H� muito mais informa��o que podem dar", declarou � r�dio NPR uma participante da vig�lia identificada como Teneeshia Johnson.
Entre as v�timas estava Philstavious Dowdell, um estudante e atleta local que se formaria em algumas semanas, com planos de ingressar na Universidade Estadual de Jacksonville com uma bolsa de futebol americano. Ele era irm�o da aniversariante Alexis.
"Era um �timo jovem com um futuro brilhante. Estamos devastados", lamentou o t�cnico de Jacksonville, Roger McDowell.
Os Estados Unidos, com seus 330 milh�es de habitantes, t�m 400 milh�es de armas de fogo e ataques a tiros em massa s�o habituais. Esfor�os para endurecer os controles das armas est�o h� anos paralisados no Congresso.
WASHINGTON