"A China respeita o status de Estado soberano das rep�blicas nascidas depois da dissolu��o da URSS no fim de 1991", declarou a porta-voz do minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores, Mao Ning.
Pequim "respeita a soberania, a independ�ncia e a integridade territorial de todos os pa�ses e apoia os objetivos e princ�pios da Carta das Na��es Unidas", insistiu.
Na sexta-feira, o embaixador da China na Fran�a, Lu Shaye, provocou pol�mica ao questionar, em uma entrevista ao canal de not�cias LCI, a soberania das ex-rep�blicas sovi�ticas.
Ao ser questionado se a pen�nsula da Crimeia, anexada em 2014 pela R�ssia, era ucraniana, o embaixador chin�s na Fran�a respondeu: "Depende de como se observa o problema. H� uma hist�ria. A Crimeia era russa a princ�pio".
Lu Shaye argumentou que os pa�ses que surgiram como na��es independentes ap�s a queda da Uni�o Sovi�tica em 1991 "n�o t�m um status efetivo sob o direito internacional porque n�o h� um acordo internacional que confirme seu status como na��es soberanas".
- Pa�ses b�lticos convocam embaixadores -
As declara��es provocaram pol�mica. Nesta segunda-feira, Litu�nia, Let�nia e Est�nia convocaram os embaixadores da China para pedir explica��es
Os governos das tr�s na��es, integrantes da Uni�o Europeia (UE) e da Otan, tamb�m desejam recordar que "foram ocupadas ilegalmente pela Uni�o Sovi�tica".
"Os tr�s Estados b�lticos convocar�o os representantes chineses para pedir esclarecimentos, para saber se a posi��o da China a respeito da independ�ncia mudou", disse o ministro das Rela��es Exteriores da Litu�nia, Gabrielius Landsbergis.
Tamb�m recordar�o a Pequim "que n�o somos pa�ses p�s-sovi�ticos, mas pa�ses que foram ilegalmente ocupados pela Uni�o Sovi�tica", insistiu.
O ministro das Rela��es Exteriores da Let�nia, Edgars Rinkevics, criticou no domingo os coment�rios "completamente inaceit�veis".
Seu colega estoniano, Margus Tsahkna, classificou as declara��es como "falsas" e considerou que revelam uma "interpreta��o equivocada da Hist�ria".
"De acordo com o direito internacional, os Estados b�lticos s�o soberanos desde 1918, mas foram ocupados durante 50 anos pela URSS", afirmou.
- Declara��es "inaceit�veis" -
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, considerou as declara��es do embaixador chin�s "inaceit�veis".
"A UE s� pode supor que as declara��es n�o representam a posi��o oficial da China", disse.
Pequim estabeleceu dist�ncia das declara��es do embaixador.
"Ap�s o colapso da Uni�o Sovi�tica, a China foi um dos primeiros pa�ses a restabelecer rela��es diplom�ticas com estas na��es", disse Mao.
"Desde o estabelecimento das rela��es diplom�ticas, a China sempre aderiu ao princ�pio de respeito m�tuo e de igualdade para desenvolver rela��es bilaterais de amizade e coopera��o", acrescentou.
A diplomata chinesa culpou alguns meios de comunica��o por uma interpreta��o equivocada da posi��o de Pequim sobre a Ucr�nia e de "semear a disc�rdia nas rela��es entre a China e os pa�ses afetados".
Embora Pequim afirme que � oficialmente neutra, o presidente chin�s, Xi Jinping, nunca condenou a invas�o russa da Ucr�nia.
PEQUIM