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Estado de Minas ENERGIA EL�TRICA

TCU tenta amenizar heran�a bilion�ria de Bolsonaro nas contas de luz

Impasse com quatro empresas privadas de gera��o de energia hoje encarece a conta de luz em 4,49% -R$ 9 bilh�es ao ano


25/04/2023 11:18 - atualizado 25/04/2023 11:57
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Sede do TCU, em Brasília
Sede do TCU, em Bras�lia (foto: Leopoldo Silva/Ag�ncia Senado)
Sem acordo com o governo, quatro empresas de energia devem abrir negocia��es com o TCU (Tribunal de Contas da Uni�o) para tentar resolver um impasse que hoje encarece a conta de luz em 4,49% –R$ 9 bilh�es ao ano.

Essa possibilidade foi aberta por um despacho do presidente do tribunal, Bruno Dantas, que autorizou as negocia��es e a suspens�o dos processos envolvendo a KPS (Karpowership Brasil Energia), a �mbar Energia (dos irm�os Batista), a Linhares e a Barra Bonita I (vinculada � Tradener).

Para isso, o relator dos processos no TCU, ministro Benjamin Zimler, ter� de concordar. Se aceitar, as negocia��es podem durar at� tr�s meses, prazo em que os processos ficar�o congelados. A expectativa � que em, no m�ximo, um m�s as partes cheguem a um acordo.

Fechado o acerto, as condi��es ser�o submetidas � aprecia��o do plen�rio do TCU.

H� enorme press�o do governo para que esse conflito seja solucionado pelo grupo de Solu��o Consensual de Conflitos do TCU.

 

No in�cio deste ano, o Minist�rio de Minas e Energia tentou, sem sucesso, fechar um acordo com as empresas. Agora, a proposta � manter os contratos vigentes sem que haja a obrigatoriedade da compra de energia.

O governo pagaria pela disponibilidade dessas usinas —um valor bem baixo— e s� compraria a energia caso houvesse necessidade.

Embora haja descumprimento dos contratos pelas empresas, cancel�-los poderia gerar mais contesta��es judiciais pelas empresas com encargos cada vez mais pesados sobre os consumidores.

O imbr�glio � mais uma heran�a do governo Jair Bolsonaro. Na crise h�drica, o Minist�rio de Minas e Energia decidiu autorizar a constru��o de 17 empreendimentos t�rmicos para gerar energia a um pre�o elevado.

Nenhum deles ficou pronto na data prevista nos contratos. A Aneel (Ag�ncia Nacional de Energia El�trica) cancelou alguns e isso deflagrou uma judicializa��o pelas empresas.

Ao final, quatro delas constru�ram termel�tricas e, por for�a do contrato, o governo foi obrigado a comprar a energia gerada por um pre�o exorbitante.

Nos despachos obtidos pelo Painel S.A., o presidente do TCU afirma que foram adquiridos 24,9 TWh (terawatt-hora) de energia, com disponibilidade de cerca de 1,220 GW (gigawatt) de pot�ncia.

O pagamento previsto era de R$ 11 bilh�es anuais, dos quais cerca de R$ 9 bilh�es seriam repassados ao consumidor cativo, resultando em aumento de 4,49% nas tarifas de energia.

Somente as usinas Karley 013, Karkey 019, Porsud I e Porsud II, do grupo turco Karpowership Brasil Energia, concentraram 25% desse gasto, cerca de R$ 3 bilh�es. O grupo foi o que mais judicializou contra a Aneel e o governo.

No final do ano de 2021, as chuvas voltaram e o risco de escassez foi afastado, derrubando o pre�o da energia no mercado de curto prazo de R$ 583,88/MWh (megawatt-hora) para R$ 55,70/MWh.

No entanto, o governo continuou comprando a energia mais cara dessas empresas.

A KPS, por exemplo, recebe cerca de R$ 200 milh�es por m�s, mesmo diante de decis�es contr�rias da Aneel (Ag�ncia Nacional de Energia El�trica).

 

 

 

 


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