No poder desde agosto, Petro enfrenta sua pior crise pol�tica diante das dificuldades no Legislativo para implementar as profundas mudan�as que prometeu na campanha: reduzir a participa��o privada no sistema de sa�de, redistribuir terras improdutivas, reformar a Previd�ncia e a Justi�a, entre outras.
"A tentativa de restringir as reformas pode levar � revolu��o. O que � preciso � que o povo esteja mobilizado, como foi com (o her�i pr�-independ�ncia Sim�n) Bol�var", declarou Petro diante de centenas de apoiadores que se reuniram em frente � sede do governo em Bogot� em celebra��o ao feriado do Dia do Trabalho.
O primeiro presidente de esquerda da hist�ria da Col�mbia voltou a pedir aos camponeses, jovens e popula��es pobres que sa�ssem �s ruas para pressionar o Congresso a dar luz verde �s reformas.
"N�o nos deixem sozinhos nestes pal�cios enormes e frios. N�o nos deixem sozinhos perante esse bando de privilegiados. Este � o momento de mudan�as e n�o devemos retroceder (...) Convido voc�s � linha de frente da luta pelas transforma��es", afirmou.
Na quarta-feira, Petro rompeu com os partidos tradicionais que o apoiaram no in�cio de seu governo, deu uma guinada � esquerda e substituiu sete ministros por ex-colaboradores pol�ticos.
O presidente explicou o novo "governo de emerg�ncia" como uma rea��o a um "Congresso que n�o foi capaz de aprovar alguns artigos simples e muito pac�ficos" sobre a distribui��o equitativa da terra, quest�o-chave no prolongado conflito armado em um dos pa�ses mais desiguais do continente.
Em seu discurso do Dia do Trabalho, Petro retomou esta e outras de suas iniciativas, ao mesmo tempo em que evocou os protestos massivos enfrentados pelo governo do ex-presidente direitista Iv�n Duque (2018-2022).
"Gra�as a essa luta estou aqui (...), a esse surto social de juventude popular que colocou a necessidade de mudan�a no centro do pa�s", disse o presidente em um discurso que durou pouco mais de uma hora.
Centenas de pessoas o aplaudiram com gritos como: "Petro, amigo, o povo est� contigo" ou "resist�ncia".
Perto do final do discurso, o presidente abriu uma porta para o consenso: "Podemos ceder se estivermos errados (...) N�o estamos longe do di�logo", disse Petro, que j� havia empossado os novos ministros.
BOGOT�