O organismo da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) apresentou um relat�rio ap�s a visita de uma representa��o ao pa�s sul-americano no in�cio do ano, no qual aponta os agentes do Estado por sua suposta responsabilidade em "m�ltiplas" mortes de civis e pede � justi�a peruana que "investigue, julgue e puna" os respons�veis.
A resposta dos agentes de seguran�a "n�o foi uniforme em todo o territ�rio nacional e houve graves epis�dios de uso excessivo da for�a em casos espec�ficos", afirmou a CIDH.
Nesse sentido, detalhou o que ocorreu na cidade de Ayacucho (sul), onde morreram 10 manifestantes, oito deles durante a tentativa de tomada do aeroporto local em 15 de dezembro.
"Ao se tratar de m�ltiplas priva��es do direito � vida, dadas as circunst�ncias de modo, tempo e lugar, [as mortes] poderiam ser qualificadas como um massacre", indicou a Comiss�o.
Segundo a CIDH, "por serem perpetradas por agentes do Estado, as mortes poderiam constituir execu��es extrajudiciais".
As v�timas receberam "impactos de armas de fogo, incluindo balas de borracha, na parte superior do corpo".
Tamb�m foram atingidas pessoas alheias �s manifesta��es que come�aram em 7 de dezembro, ap�s a destitui��o do presidente Pedro Castillo (julho de 2021-dezembro de 2022) ap�s sua fracassada tentativa de dissolver o Congresso e governar por decreto.
A presidente peruana reagiu ao relat�rio na tarde desta quarta-feira.
Durante uma coletiva de imprensa na sede do governo, Boluarte recha�ou "a suposta exist�ncia de execu��es extrajudiciais e a qualifica��o de massacre, mesmo que se mencione de forma condicional nos fatos ocorridos durante os protestos".
Ressaltou, no entanto, a import�ncia das investiga��es que a promotoria realiza, e incentivou que "avancem com celeridade e objetividade e se determinem os respons�veis.
Boluarte, at� ent�o vice-presidente, assumiu o poder em meio �s manifesta��es de apoiadores de Castillo que exigiam sua ren�ncia e elei��es antecipadas.
Castillo, de 53 anos, cumpre pris�o preventiva em Lima, � espera da decis�o da justi�a sobre seu eventual chamado a julgamento.
Em janeiro, o Minist�rio P�blico abriu uma investiga��o sobre a gest�o da presidente Boluarte, de 60 anos, e de outros altos funcion�rios pelos supostos crimes de "genoc�dio, homic�dio qualificado e les�es graves".
No entanto, a governante tem imunidade at� o fim de seu mandato, em julho de 2026.
LIMA