Sheeran se levantou e abra�ou sua equipe de advogados quando o j�ri determinou que ele havia criado a m�sica de forma independente, o que, para ele, representa uma boa not�cia para a liberdade de cria��o.
O m�sico disse que estava "muito feliz, mas incrivelmente frustrado por se permitir que alega��es infundadas como esta cheguem a um tribunal". Os herdeiros de Ed Townsend, coautor do hit de Gaye, entraram com a a��o civil alegando "semelhan�as surpreendentes e evidentes elementos comuns" entre as duas can��es.
"Se o j�ri tivesse decidido o contr�rio, talvez tiv�ssemos precisado dizer adeus � liberdade criativa dos compositores", disse Sheeran. "� devastador ser acusado de roubar a m�sica de outra pessoa quando colocamos tanto trabalho em nosso meio de sustento. Sou apenas um rapaz com um viol�o que ama escrever m�sicas para as pessoas curtirem. N�o sou, nem nunca me permitirei ser, um cofrinho para que me sacudam."
Este foi o mais recente de uma s�rie de casos sobre direitos autorais que deixaram a ind�stria da m�sica apreensiva e muitos compositores paranoicos sobre seus pr�prios processos criativos e sua vulnerabilidade a a��es judiciais.
Sheeran, 32 anos, passou dias testemunhando e tentando provar ao j�ri que a progress�o de acordes 1-3-4-5 em quest�o � um elemento b�sico da m�sica pop, que n�o pertence a ningu�m.
Sua equipe jur�dica argumentou que Gaye e Townsend n�o foram os primeiros a compor uma m�sica com esses acordes, citando v�rias m�sicas de Van Morrison que usam essa sequ�ncia e foram lan�adas antes de 1973.
O music�logo Joe Bennett acredita que "o mundo em que quero viver � aquele em que ningu�m est� processando ningu�m por uma semelhan�a mel�dica ou harm�nica de um ou dois compassos, porque essas semelhan�as podem facilmente acontecer por coincid�ncia". Este professor do Berklee College of Music, de Massachusetts, disse � AFP que "eles n�o devem ser protegidos por direitos autorais".
O caso se baseou na composi��o das m�sicas e n�o nas vers�es gravadas. Teoricamente, essa especificidade ajudaria Sheeran, mas como a decis�o ficou a cargo de um j�ri sem forma��o musical, as possibilidades eram variadas.
V�rios casos marcantes de direitos autorais na m�sica se sucederam nos �ltimos anos. Entre eles, a fam�lia de Gaye - que n�o faz parte deste processo contra Sheeran em Nova York - processou com sucesso, em 2016, os artistas Robin Thicke e Pharrell Williams pelas semelhan�as entre a m�sica "Blurred Lines" e "Got to Give it Up", de Gaye.
O resultado surpreendeu muitos na ind�stria, inclusive especialistas jur�dicos - que consideravam que muitos dos componentes musicais fundamentais s�o, em grande parte, de dom�nio p�blico.
"Espero que o veredito d� aos compositores e editores um certo al�vio", disse o professor especializado em propriedade intelectual da Universidade de Vanderbilt, Joseph Fishman.
Alguns compositores temem a volatilidade das opini�es dos jurados, que n�o costumam ter forma��o musical e se baseiam em testemunhas especialistas para tomar suas decis�es.
Ap�s o an�ncio do veredito, Sophia Neis, 23, um dos membros do j�ri, declarou que os sete membros demoraram um pouco para alcan�ar uma posi��o comum. "Houve muitas idas e vindas", com defensores de ambas as partes, contou.
"A sanidade prevaleceu", disse � AFP Joe Bennett, music�logo forense da renomada Berklee College of Music.
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NOVA YORK
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