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Estado de Minas KARLIVKA

Vi�vas de guerra na Ucr�nia correm o risco de morrer na linha de frente


12/05/2023 09:19

Svitlana Povar sabia que seu marido discordaria quando se alistou no Ex�rcito ucraniano e partiu para a regi�o de Donetsk, onde acontece a luta mais sangrenta contra as for�as russas.

O casal, que ficou cerca de 20 anos junto, chegou a um acordo quando o Kremlin invadiu seu pa�s em fevereiro de 2022.

Ela estaria afastada do "front" para cuidar do filho adolescente, e ele lutaria para que o menor um dia pudesse viver em paz. Mas, quando Svitlana, de 42 anos, soube em setembro que seu marido havia sido morto em combate, ela n�o se sentiu mais vinculada ao pacto.

"Passei cinco meses pedindo esmola nas portas dos cart�rios de alistamento militar", contou ela, olhando pela janela de seu apartamento em Kiev.

A mulher disse � AFP que seu marido, Semen, que tinha 38 anos quando morreu perto de Vugledar, teria acabado aceitando sua decis�o.

"H� momentos em que sinto que algu�m me vigia. Digo a mim mesma que ele est� comigo, que me ajuda", disse ela sobre sua experi�ncia de ser enviada perto da cidade de Bakhmut, no leste do pa�s e no epicentro dos combates sangrentos.

- "Temos que terminar" -

A morte de Semen e o alistamento de Svitlana revelam o custo do combate para os ucranianos e o esfor�o das mulheres para apoiar a campanha militar, mesmo correndo o risco de deixar seus filhos �rf�os.

Ganna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucr�nia, diz que h� 42.000 mulheres nas For�as Armadas, 5.000 delas na linha de frente.

A inten��o de combater a invas�o russa n�o nasceu de um desejo de vingan�a, mas da necessidade de terminar o que ele come�ou.

"Meu marido costumava dizer que devemos transmitir nossa f� em Deus, nosso amor pelo pa�s, o dom da miseric�rdia - n�o a guerra. Devemos acabar com isso n�s mesmos, n�o nossos filhos", declarou ela.

Mas Svitlana n�o contou ao filho que estava indo para Donetsk, regi�o onde seu marido, um franco-atirador, foi morto. N�o sabia como dizer a ele.

- Preparar-se para a guerra -

O mais novo descobriu enquanto estudava na Pol�nia e, desde ent�o, tenta discutir com ela sobre o que fazer se sua m�e for morta em combate, como aconteceu com seu pai.

"Quando ele come�a, talvez eu esteja errada, termino a conversa e digo a ele que vai dar tudo certo, ponto final", afirmou.

Yevgeniya Kolesnichenko, da devastada cidade de Avdiivka em Donetsk, decidiu no funeral de seu marido que realizaria seu desejo de ser uma m�dica de guerra.

A mulher de 34 anos estava na Pol�nia com sua filha de 13 anos e os g�meos de 10 anos quando recebeu uma liga��o sobre a morte de seu marido em Bakhmut, em novembro.

"Quando ele morreu, percebi que algu�m tinha que defender sua causa", disse � AFP, mesmo sabendo que ele n�o gostaria que ela se aproximasse dos combates.

"As pessoas que n�o est�o lutando agora tamb�m devem, pouco a pouco, se preparar para a guerra. Mais cedo ou mais tarde, a maioria de n�s estar� envolvida", acrescentou Yevgeniya, que recebeu treinamento m�dico de combate em dezembro.


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