Ucr�nia reivindica avan�os em Bakhmut e R�ssia nega

A Ucr�nia afirmou nesta sexta-feira (12) que suas tropas reconquistaram partes do territ�rio ao redor da cidade cercada de Bakhmut, apesar dos desmentidos da R�ssia e embora o presidente Volodimir Zelensky tenha alertado que o ex�rcito precisa de mais tempo para iniciar uma contraofensiva.

Ao mesmo tempo, a China anunciou o plano de enviar um representante especial � Ucr�nia, Pol�nia, Fran�a, Alemanha e R�ssia para "discutir com as partes uma solu��o pol�tica da crise ucraniana", em uma tentativa de media��o de Pequim, que at� o momento n�o condenou Moscou pela invas�o.

Na frente de batalha, a Ucr�nia afirmou que suas tropas avan�aram dois quil�metros nas proximidades de Bakhmut, cen�rio da batalha mais longa e violenta desde a invas�o russa, que come�ou em fevereiro de 2022.

A cidade, que tinha 70.000 habitantes antes do conflito, foi destru�da com o avan�o das for�as russas - que controla quase 80% de seu territ�rio - nos �ltimos meses.

"O inimigo sofreu baixas consider�veis", afirmou a vice-ministra da Ucr�nia, Ganna Maliar, em um comunicado divulgado nas redes sociais. "N�o perdemos nenhuma posi��o na cidade esta semana", acrescentou.

A R�ssia negou qualquer avan�o da Ucr�nia na cidade e afirmou que os relatos de perdas territoriais "n�o correspondem � realidade".

O ex�rcito russo anunciou nesta sexta-feira que impediu 26 ataques ucranianos ao longo de 95 quil�metros na �rea de Soledar, perto de Bakhmut.

Mas o fundador do grupo paramilitar privado Wagner, na linha de frente do ataque russo contra Bakhmut, afirmou que Kiev executou "contra-ataques com sucesso".

Yevgueni Prigozhin fez a declara��o em uma mensagem divulgada nas redes sociais e direcionada ao ministro da Defesa da R�ssia, Serguei Shoigu.

O fundador do grupo Wagner pede uma "avalia��o independente da situa��o atual" com uma visita do ministro a Bakhmut.

V�rios correspondentes de guerra russos afirmaram na quinta-feira que a aguardada contraofensiva de Kiev havia come�ado. O presidente ucraniano, por�m, declarou em uma entrevista que Kiev precisa de mais tempo.

"Mentalmente estamos preparados", declarou Zelensky. "Com o que temos podemos seguir adiante e ter sucesso. Mas perder�amos muitas pessoas. Penso que isto � algo inaceit�vel. Ent�o, n�s temos que esperar", disse.

- Amplia��o do acordo sobre gr�os -

O fundador do grupo Wagner fez cr�ticas sem precedentes � lideran�a militar da R�ssia e acusou Shoigu de ser parcialmente respons�vel pelas enormes perdas do pa�s. Tamb�m disse que os soldados russos estavam fugindo das ordens "criminosas" em Bakhmut.

Prigozhin disse que unidades ucranianas conseguiram avan�ar em algumas �reas. O ex�rcito russo nega estas afirma��es e as divulgadas por blogueiros pr�-R�ssia sobre os avan�os de Kiev.

"As declara��es divulgadas por canais individuais do Telegram sobre a 'ruptura das defesas' supostamente em v�rias partes da linha de contato n�o correspondem � realidade", afirmou o minist�rio da Defesa da R�ssia em um comunicado.

Na frente diplom�tica, a Turquia afirmou nesta sexta-feira que as negocia��es para ampliar o acordo que permite a exporta��o de gr�os da Ucr�nia atrav�s do Mar Negro ap�s a invas�o russa est�o perto de uma conclus�o.

"Caminhamos para um acordo sobre a amplia��o da iniciativa de cereais" declarou o ministro turco da Defesa, Hulusi Akar.

O acordo conhecido como Iniciativa de Cereais do Mar Negro, em vigor desde julho gra�as � media��o das Na��es Unidas e da Turquia, permite � Ucr�nia exportar gr�os, o que contribui para aliviar a escassez e os aumentos de pre�os provocados pela invas�o russa.

Zelensky se reunir� no s�bado em Roma com o presidente da It�lia, Sergio Mattarella, informo um porta-voz da presid�ncia italiana.

Fontes do Vaticano afirmaram que existe a possibilidade de um encontro de Zelesnky com o papa Francisco.