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Estado de Minas NOVA YORK

Suspeito de matar sem-teto em NY � acusado de homic�dio culposo


12/05/2023 19:28

O suposto assassino do jovem negro Jordan Neely, de 30 anos, morto em 1� de maio no metr� de Nova York, foi acusado pela promotoria, nesta sexta-feira (12), por homic�dio culposo em segundo grau, que pode resultar em penas de 5 a 15 anos de pris�o.

Daniel Penny, um ex-sargento do Corpo de Fuzileiros Navais de 24 anos, que tinha se entregado pouco antes � pol�cia, foi posto em liberdade ap�s pagar fian�a de 100.000 d�lares (cerca de R$ 500.000).

Ele tamb�m ter� que entregar seu passaporte e n�o poder� deixar o estado de Nova York sem permiss�o judicial.

"Depois de avaliar os fatos e as provas, o gabinete do promotor de Manhattan determinou que h� causa prov�vel para deter Daniel Penny e acus�-lo de crimes graves", disse o promotor Alvin Bragg.

Segundo um documento divulgado pela Promotoria, v�rias testemunhas "viram que o Sr. Neely amea�ou e assustou os passageiros e o acusado aproximou-se dele por tr�s, imobilizando-o com uma chave e levando-o ao ch�o". Outros dois passageiros ajudaram Daniel Penny, imobilizando os bra�os de Neely, diz o texto.

Em certo momento, Neely parou de se mexer, mas Penny continuou segurando-o antes de solt�-lo, prossegue o documento.

Apesar dos esfor�os de reanima��o da pol�cia e do servi�o de emerg�ncia, o jovem foi levado ao hospital, onde foi declarado morto.

"Jordan Neely deveria estar vivo hoje e meus pensamentos est�o com sua fam�lia e seus entes queridos, enquanto choram sua perda neste momento doloroso", declarou o promotor.

Segundo o m�dico legista de Nova York, Neely morreu por "compress�o" no pesco�o como resultado de "homic�dio".

A morte de Neely, que ganhava a vida imitando Michael Jackson nas ruas e no metr�, foi filmada por alguns passageiros.

De acordo com uma das testemunhas, o jornalista mexicano Juan Alberto V�zquez, Neely entrou na composi��o do metr� gritando que tinha fome e sede, e que estava "exausto".

Na grava��o do jornalista, � poss�vel ver uma pessoa imobilizando a v�tima e outras em volta falando com ele e medindo o pulso de Neely.

"N�o houve ataque. O Sr. Neely n�o atacou nem tocou em ningu�m. Ele n�o agrediu ningu�m, mas foi asfixiado at� a morte", disse Donte Mills, um dos advogados da fam�lia do falecido, em entrevista coletiva.

Daniel Penny "n�o pode reescrever o final da hist�ria. Ela acaba com seus bra�os em volta do pesco�o de Jordan, asfixiando-o at� a morte e � por isso que ele deve pagar", disse, por sua vez, Lennon Edwards, outro advogado.

- Sa�de mental -

Jordan, que perdeu ainda crian�a sua m�e, v�tima tamb�m de um homic�dio, tinha um hist�rico de problemas mentais e foi detido pela pol�cia v�rias vezes.

A morte de Neely motivou diversos protestos na cidade, exigindo justi�a e evocando a morte, durante uma abordagem policial e tamb�m por asfixia, do afro-americano George Floyd em 2020, que deu origem ao movimento "Black Lives Matter" ("Vidas negras importam", em ingl�s).

Depois que Penny foi posto em liberdade inicialmente sem acusa��es ap�s o incidente, protestos se sucederam tanto de grupos de defesa dos direitos humanos quanto de pol�ticos de esquerda, pedindo justi�a.

Mas sua morte p�s de volta sob os holofotes um dos grandes desafios da capital financeira do pa�s, de quase 9 milh�es de habitantes, sobre a sa�de mental das pessoas que vivem nas ruas e o medo e a inseguran�a que muitos usu�rios do metr� sentem, um problema exacerbado pela pandemia de covid-19.

Em uma metr�pole onde a sobreviv�ncia para muitas pessoas � uma tarefa herc�lea e cotidiana, "todos poder�amos estar a um cheque ou dois" de ficarmos "sem lar, sem resid�ncia", ressaltou Mills.

Em novembro do ano passado, o prefeito Eric Adams anunciou um plano de interna��o for�ada para moradores de rua com graves problemas psiqui�tricos.


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