O balan�o anterior divulgado pelo governo birman�s citava 80 v�timas fatais.
Mocha atingiu Mianmar e Bangladesh no fim de semana passado, com fortes chuvas e ventos de 195 que destru�ram edif�cios e inundaram as ruas.
A tempestade mais violenta a atingir a regi�o em uma d�cada devastou vilarejos e bloqueou as comunica��es em grande parte do estado de Rakhine, onde centenas de milhares de rohingyas vivem em acampamentos de deslocados ap�s d�cadas de conflito �tnico.
"De acordo com as informa��es que recebemos, quatro soldados, 24 residentes e 117 'bengalis' morreram na tempestade", anunciou a junta, utilizando um termo pejorativo como refer�ncia � minoria mu�ulmana dos rohingyas.
Quase 600.000 rohingyas vivem h� v�rias gera��es em Mianmar, privados de acesso � sa�de e educa��o, "sob um regime de apartheid", segundo a ONG Anistia Internacional.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) est� presente no pa�s, mas no momento precisa de recursos urgentes para proporcionar ajuda alimentar a 2,1 milh�es de pessoas, incluindo as 800.000 afetadas pelo ciclone devastador.
"Ao menos 800.000 pessoas precisam de ajuda alimentar de emerg�ncia", disse Anthea Webb, vice-diretora do PMA para a �sia e Pac�fico, durante uma reuni�o da ONU em Genebra.
Webb afirmou que as autoridades militares, que tomaram o poder em Mianmar no golpe de Estado de 1� de fevereiro de 2021, autorizaram o acesso do PMA aos locais mais afetados, que tamb�m s�o �reas onde as for�as do governo executam uma repress�o violenta.
O comunicado da junta militar afirma que as informa��es divulgadas pelos meios de comunica��o sobre a morte de 400 rohingyas s�o "falsas" e promete adotar medidas contra os ve�culos de imprensa que publicaram as not�cias.
Desde o golpe de Estado h� mais de dois anos, a junta militar prendeu dezenas de jornalistas e fechou jornais considerados cr�ticos ao regime.
A imprensa estatal afirma que o governo distribuiu milhares de sacos de arroz e enviou bombeiros e funcion�rios do servi�o de emerg�ncia ao estado de Rakhine.
Na vizinha Bangladesh, as autoridades n�o relataram nenhuma morte provocada pelo ciclone, que passou perto dos campos de refugiados que abrigam quase um milh�o de rohingyas que fugiram da repress�o militar de Mianmar em 2017.
YANGON