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Estado de Minas GENEBRA

Alertas clim�ticos preventivos salvam vidas, afirma ONU


22/05/2023 10:06
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Os sistemas de alerta preventivo para os desastres meteorol�gicos salvam muitas vidas, mas os preju�zos econ�micos associados a tais fen�menos aumentaram a um ritmo vertiginoso, informou a ONU nesta segunda-feira (22).

Entre 1970-2021, cerca de dois milh�es de pessoas morreram por fen�menos meteorol�gicos, clim�ticos ou hidrol�gicos extremos, segundo os novos dados da Organiza��o Meteorol�gica Mundial (OMM).

Este �rg�o especializado da ONU atualizou seus dados at� 2021 e revelou que 90% das v�timas fatais foram registradas nos pa�ses em desenvolvimento.

Os 11.778 desastres registrados nos 51 anos estudados causaram preju�zos de 4,3 trilh�es de d�lares (21,4 trilh�es de reais na cota��o atual), indicou.

"As comunidades mais vulner�veis s�o, infelizmente, as mais afetadas pelos riscos meteorol�gicos, clim�ticos e hidrol�gicos", disse o secret�rio-geral da OMM, Petteri Taalas.

No entanto, a ag�ncia da ONU enfatizou que a melhoria dos sistemas de alerta e a gest�o coordenada de desastres reduziram consideravelmente o n�mero de v�timas.

Para Taalas, � priorit�rio que estes sistemas de alerta cheguem a toda a popula��o mundial porque permitem que as pessoas se preparem, se protejam e se retirem de locais de risco a tempo.

O objetivo, compartilhado pelo secret�rio-geral da ONU, � proteger o mundo inteiro at� 2027.

A OMM enfatizou que esses sistemas n�o apenas salvam vidas, mas tamb�m "multiplicam por dez, pelo menos, o retorno do investimento".

Na Am�rica do Sul, foram registradas 943 cat�strofes atribu�das a fen�menos meteorol�gicos, clim�ticos e hidrol�gicos e 61% foram enchentes. Esses fen�menos provocaram a morte de 58.484 pessoas e preju�zos de 115,2 bilh�es de d�lares (574,2 bilh�es de reais, na cota��o atual).

- Preju�zos econ�micos -

Atualmente, apenas metade dos pa�ses possui sistemas desse tipo de alerta e a cobertura � especialmente fraca na �frica e nos pa�ses mais pobres.

Os pa�ses da OMM est�o reunidos em Genebra a partir desta segunda-feira e estudam ratificar esta iniciativa, na qual participam tamb�m o Escrit�rio da ONU para a Redu��o de Desastres, a Uni�o Internacional de Telecomunica��es e a federa��o internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, com a participa��o de outros atores, desde institui��es financeiras at� o setor privado.

Um exemplo � o ciclone Mocha, que causou estragos em Mianmar e Bangladesh na semana passada, disse Taalas.

Mocha, cujo n�mero de mortos subiu para 145, segundo a Junta de Mianmar, "causou uma devasta��o generalizada (...) afetando os mais pobres entre os pobres", disse o secret�rio-geral, que qualificou que este n�mero de v�timas � muito inferior ao deixado por cat�strofes semelhantes no passado.

"Gra�as aos alertas preventivos e ao gerenciamento de desastres, essas taxas de mortalidade catastr�ficas s�o agora, felizmente, uma coisa do passado. Os alertas preventivos salvam vidas", disse ele.

Por outro lado, os preju�zos econ�micos dispararam.

Em termos monet�rios, os mais afetados foram os pa�ses ricos, mas se os danos forem comparados ao tamanho da economia das na��es afetadas, foram os pa�ses mais pobres que sofreram as maiores perdas, aponta a OMM.

Os Estados Unidos sofreram preju�zos de 1,7 trilh�o de d�lares (8,4 trilh�es de reais na cota��o atual), o equivalente a 39% do total de perdas a n�vel mundial desde 1970.

Os pa�ses desenvolvidos registraram mais de 60% dos preju�zos por desastres meteorol�gicos, clim�ticos ou h�dricos, mas em mais de 80% dos casos esses preju�zos equivalem a menos de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em compara��o, em 7% das cat�strofes que afetaram os pa�ses mais pobres, os preju�zos chegaram a mais de 5% do PIB. Em alguns casos, h� desastres que causaram preju�zos equivalentes a quase um ter�o do PIB.


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