Milhares de pessoas protestaram na ter�a-feira em Jerusal�m contra a concess�o de financiamento p�blico aos judeus ultraortodoxos e acusaram a coaliz�o que est� no poder de "saquear" o pa�s.
Netanyahu anunciou na ter�a-feira que o Estado concederia aos judeus ultraortodoxos casados que prosseguem com os estudos religiosos, em vez de trabalhar, uma verba de 250 milh�es de shekels (67,5 milh�es de d�lares, 335 milh�es de reais), al�m dos subs�dios j� recebidos por esta comunidade. A medida foi poss�vel gra�as a um acordo de �ltima hora com um dos partidos ultraortodoxos da coaliz�o.
O or�amento foi aprovado durante a madrugada de quarta-feira por 64 deputados, dos 120 da Kneset (Parlamento israelense), n�mero que corresponde aos membros do "bloco de direita" de Netanyahu.
"Vencemos as elei��es, aprovamos o or�amento, continuamos por mais quatro anos", celebrou Netanyahu em uma mensagem divulgada no Facebook, ap�s semanas de negocia��es com os aliados da coaliz�o para alcan�ar um acordo.
O governo de Netanyahu, que inclui a direita, a extrema direita e partidos ultraortodoxos, tinha prazo at� 29 de maio para aprovar o or�amento ou convocar novas elei��es.
"Enquanto voc�s dormiam, o pior or�amento e o mais destrutivo da hist�ria do pa�s foi aprovado", criticou o l�der da oposi��o, Yair Lapid, no Facebook.
"Este or�amento � uma viola��o do contrato com os cidad�os de Israel, que todos n�s, nossos filhos e os filhos dos nossos filhos, continuaremos pagando", acrescentou.
Com a infla��o elevada, o aumento das taxas de juros e a desvaloriza��o do shekel nos �ltimos meses, um or�amento que prev� "motores de crescimento teria sido sido prefer�vel a transfer�ncias de dinheiro" para institui��es ultraortodoxas, declarou � AFP Asher Blass, professor de Economia do Ashkelon Academic College.
Ele considera que o pa�s j� teve uma situa��o or�ament�ria "pior", mas que a atual trajet�ria "n�o � boa".
Yossef Hazki, um aposentado de 80 anos, morador de Tel Aviv, afirmou que os "laicos foram esquecidos" no novo or�amento. "Este governo s� trabalha para (as popula��es representadas na) coaliz�o, os ultraortodoxos e os nacionalistas religiosos e para os (colonos dos) territ�rios ocupados, mas n�o para o restante da popula��o", criticou.
O aposentado considera os novos subs�dios destinados aos homens ultraortodoxos um "crime". "No m�nimo, o dinheiro deveria ser repassado aos jovens que servem o ex�rcito", acrescentou.
Em Israel, o servi�o militar de v�rios anos � obrigat�rio para homens e mulheres, exceto para os ultraortodoxos, que representam 12% da popula��o.
Meta
JERUSAL�M