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Estado de Minas NAZCA

Os aquedutos de Nazca e seus 'olhos d'�gua', quase dois mil�nios de exist�ncia no Peru


24/05/2023 14:47
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Vistas de cima, as espirais formadas em meio ao deserto do Peru pelos "olhos d'�gua" d�o medo. Elas fazem parte de um sistema pr�-colombiano de aquedutos subterr�neos, o qual, dos Andes, segue irrigando tr�s vales da regi�o dos famosos geoglifos de Nazca.

Constru�dos h� aproximadamente 1.700 anos pr�ximo � cidade de Nazca, 450km ao sul de Lima, os aquedutos se estendem como galhos formando um sistema de po�os e canais feitos de pedras e vigas de huarango, uma �rvore costeira peruana.

A obra � uma maravilha da engenharia hidr�ulica iniciada pelos habitantes da antiga cultura Nazca, e sua preserva��o levou as autoridades peruanas a proporem que ela se tornasse patrim�nio da humanidade � Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).

"Agora sabemos que foram constru�dos por volta do ano 100 a 200 d.C., em pleno desenvolvimento da sociedade Nazca", disse o diretor do Plano de Gest�o Nazca-Palpa do Minist�rio da Cultura, Johny Isla.

Essa civiliza��o se desenvolveu na costa sul do Peru e a ela tamb�m se atribuem as misteriosas e famosas linhas de Nazca, cuja elabora��o � posterior � dos aquedutos.

"Os dois s�o contempor�neos e foram feitos pela mesma sociedade", explica Isla.

- "�nico na Am�rica do Sul" -

Dos 42 aquedutos de Nazca, 29 ainda transportam �gua dos picos cobertos de neve e rios para as terras agr�colas onde s�o cultivados batatas, algod�o, vegetais e �rvores frut�feras.

O sistema transporta cerca de 18 a 20 litros de �gua por segundo. Hoje, beneficia aproximadamente 900 fam�lias de pequenos agricultores dos tr�s vales de Nazca, em especial para seus cultivos. Pagam 120 s�is anuais (US$ 32 ou R$ 161,06, na convers�o atual) a uma entidade local.

"Isso nos ajuda a irrigar todas as planta��es", conta o agricultor Nicol�s Quispe, de 39 anos, que mant�m seu cultivo de batatas com �gua do aqueduto de Ocongalla.

"� o �nico em toda a Am�rica do Sul", destaca Isla, enquanto percorre o aqueduto de Cantalloc com uma equipe da AFP, protegido pelo geoglifo de um felino que parece vigiar o curso das �guas subterr�neas de uma colina vizinha.

As pedras dos canais s�o de seixo arredondado e s�o colocadas de forma a filtrar a �gua nos po�os, cuja profundidade chega a 15 metros.

"Sem esse sistema, n�o teria sido poss�vel existir uma civiliza��o como a cultura Nazca", assegurou o arque�logo Abdul Yalli, depois de enfatizar que os rios da regi�o secam quase o ano todo.

- "Olhos d'�gua" -

Os po�os s�o considerados uma grande obra p�blica milenar.

"Essa � uma obra de arte, de arquitetura e de engenharia. S�o canais de pedra que seguem funcionando e, evidentemente que, para poder contru�-los, teve-se que remover milh�es de toneladas de areia, fazer o canal e tapar de novo", destacou o espanhol Jorge L�pez-Doriga, diretor de Comunica��o do Grupo AJE, a multinacional peruana que apoia as autoridades locais na valoriza��o desta obra hidr�ulica.

Os aquedutos de Nazca est�o na lista indicativa da Unesco para ser declarado Patrim�nio Cultural da Humanidade, ap�s ser inscrito em 2019.

"N�o existe em outro lugar do mundo esse tipo de aqueduto, que � como uma espiral", indicou Ana Mar�a Cogorno, presidente da Associa��o Internacional Mar�a Riche, que trabalha divulgando o valor das linhas de Nazca.

Patrim�nio da Humanidade desde 1994, as linhas de Nazca s�o, segundo a Unesco, "o grupo de geoglifos de maior destaque do mundo e s�o incompar�veis em extens�o, magnitude, quantidade, tamanho e diversidade em rela��o a qualquer outro trabalho similar no mundo".

Trata-se de uma s�rie de figuras geom�tricas e de animas gigantes realizadas em meio ao deserto que apenas podem ser apreciadas do c�u. Seu significado ainda � um enigma: alguns pesquisadores consideram-na um observat�rio astron�mico, e outros, um calend�rio.


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